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quinta-feira, 28 de março de 2013

Feliciano diz que comissão era desconhecida ‘até ontem’ e ‘mão de Deus’ o colocou lá.


Pastor Marco Feliciano preside sua terceira sessão da Comissão de Direitos Humanos
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Pastor Marco Feliciano preside sua terceira sessão da Comissão de Direitos Humanos
Foto: Ailton de Freitas / O Globo

          BRASÍLIA - Pela primeira vez, e na terceira tentativa, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) conseguiu levar até o final uma sessão da Comissão de Direitos Humanos, que preside. Nessa terceira reunião, ocorreu uma audiência pública sobre a contaminação da população de Santo Amaro da Purificação (BA) com chumbo, um problema que vem da década de 1960. Antes, houve confusão e Feliciano teve que mudar de sala, mandou prender um manifestante e proibiu entrada de público. Só jornalistas e assessores, além dos deputados, acompanharam a audiência pública. No final, Feliciano saiu sobre forte esquema de segurança da Câmara e evitou falar com os jornalistas.
          - Segurei minhas lágrimas, senhor Adilson. O senhor representa pessoas que nessa comissão não tiveram vez e voz. Se vocês ficassem gritando pelos corredores e se impedissem alguma sessão de funcionar (uma alusão aos manifestantes que o criticam), teriam sido atendidos - disse Feliciano.
          - Até ontem essa comissão era desconhecida. Talvez tenha sido a boa mão de Deus que nos colocou aqui, para mostrarmos as boas coisas. Com tantos deputados presentes (quatro ao todo) me sinto realizado. Quebramos uma barreira e demos uma lição. Santo Amaro da Purificação agora mora em meu coração - disse Feliciano.

Feliciano vai ao encontro de líderes, mas não renuncia, diz líder do PSC

          O líder do PSC, deputado André Moura (SE), afirmou que o deputado Marco Feliciano atenderá ao convite dos líderes dos partidos e comparecerá à reunião marcada para a próxima terça-feira, após o feriado da Semana Santa. Mas André Moura disse que a presença de Feliciano não significa que irá renunciar ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos. Ao contrário, o líder do PSC acredita que será uma oportunidade para o parlamentar pedir um voto de confiança às lideranças partidárias.
          - O fato dele ir (no encontro com os líderes) não significa que vá mudar alguma coisa. Seria uma deselegância ele não ir, são colegas dele. É importante ele ir, ouvir as ponderações e ele terá a grande oportunidade de se defender e pedir um voto de confiança - disse André Moura.
          Para o líder, as manifestações, como vinham se dando até agora, não pode mais continuar e está na hora de serem substituídas por outro tipo de oposição: ao debate das ideias, crê Moura.
          - As manifestações cumpriram um papel. Pediam a saída dele da presidência, não lograram êxito.. Não creio que ele vá renunciar. Entramos em uma nova etapa. As manifestações podem continuar de forma pacífica, com posições sobre os projetos que serão pautados. Não subindo em bancadas, mas em relação aos mérito dos projetos.
          André Moura afirmou que orientou Feliciano a pautar projetos cujos temas ele discorde, para permitir o debate. Moura defendeu a decisão de Feliciano em mandar um manifestante ser levado do plenário pelos seguranças.
          - Ele pediu que ele fosse retirado. Até quando vai aguentar? Um deles sobe na mesa, gritando que ele é racista, ele fica desrespeitado. Não é porque ele é parlamentar que tem que aguentar. Se eu respeito eu posso exigir respeito.


Fonte: http://oglobo.globo.com

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