Visitantes:

terça-feira, 25 de junho de 2013

Papa Francisco - Mensagem.


FRANCIS PAPA
ANGELUS
Praça de São Pedro 
domingo , 23 de junho de 2013


          Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

          No Evangelho deste domingo ecoa uma das palavras mais incisivas de Jesus: "Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por minha causa, esse a salvará" ( Lc 9:24).
          Aqui está um resumo da mensagem de Cristo, e é expressa em um paradoxo muito eficaz, que nos faz conhecer a sua maneira de falar, quase nos faz sentir a sua voz ... Mas o que isso significa "perder a vida por causa de Jesus "? Isso pode acontecer de duas formas: explícita ou implicitamente confessar a fé, defendendo a verdade.Os mártires são o melhor exemplo de perder a vida por Cristo. Em dois mil anos têm uma série homens e mulheres imensas que sacrificaram suas vidas para permanecer fiel a Jesus Cristo e ao seu Evangelho. E hoje, em muitas partes do mundo, há muitos, muitos, - mais do que nos primeiros séculos - tantos mártires que dão suas vidas a Cristo, que são levados à morte por não negar Jesus Cristo. Esta é a nossa Igreja. Hoje temos mais mártires dos primeiros séculos! Mas há também o martírio diário, que não resultam em morte, mas também é uma "perda da vida" por Cristo, fazendo o seu dever de amor, de acordo com a lógica de Jesus, a lógica do dom e sacrifício. Pensamos, quantos pais e mães a cada dia colocar em prática a sua oferta de fé através de suas vidas, para o bem da família! Pensamos destes! Quantos padres, monges, freiras jogar com generosidade o seu serviço para o reino de Deus! Quantos jovens desistir de seus interesses para se dedicar às crianças, deficientes, idosos ... Estes também são mártires! Jornal mártires, mártires da vida cotidiana!
          E então há tantas pessoas, cristãos e que os não-cristãos "perder a vida" para a verdade. E Cristo disse: "Eu sou a verdade", e aqueles que servem a verdade serve a Cristo. Uma dessas pessoas, que deram a sua vida pela verdade, é o próprio João Batista amanhã, 24 de junho, é a sua grande festa, a festa de seu nascimento. John foi escolhido por Deus para preparar o caminho diante de Jesus, e ele indicou para o povo de Israel como o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 01:29). John dedicou-se inteiramente a Deus e seu mensageiro, Jesus, mas no final, o que aconteceu? É morreram pela causa da verdade, quando ele denunciou o adultério do rei Herodes e Herodíades. Quantas pessoas pagam caro por seu compromisso com a verdade! Quantos homens justos preferem ir contra a corrente, de modo a não negar a voz da consciência, a voz da verdade! Pessoas justas, que não têm medo de ir contra a corrente! E nós não devemos ter medo! Entre vós há tantos jovens. Para você eu digo: Não tenha medo de ir contra a maré, quando queremos roubar a esperança, quando oferecemos estes valores que estão danificados, valores como a refeição foi ruim e quando a refeição foi ruim, ele nos machuca, e esses valores fazer-nos doentes. Temos que ir contra a corrente! E vocês, jovens, seja o primeiro: Ir contra isso e ter orgulho apenas para ir contra a corrente. Vá em frente, seja corajoso e ir contra a corrente! E ter orgulho disso!
          Queridos amigos, saudamos com alegria a palavra da proposta de Jesus para uma regra de vida para todos. E São João Batista para nos ajudar a colocá-lo em prática. Neste caminho diante de nós, como sempre, a nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria: ela perdeu a sua vida a Jesus na cruz, e ele a recebeu em sua plenitude, com toda a luz ea beleza da Ressurreição. Que Maria nos ajude a fazer sempre o nosso mais à lógica do Evangelho.



Depois do Angelus

          Lembre-se bem: Não tenha medo de ir contra a corrente! Seja corajoso! E assim, como não quer comer uma refeição ido mal, não é trazer esses valores que são agredidas e arruinar sua vida, e tira a esperança. Vamos lá!
          Saúdo-vos com afecto, famílias, grupos religiosos, associações, escolas. Saúdo os alunos do Liceo Vipava diocesano na Eslovénia, a comunidade polonesa de Ascoli Piceno, UNITALSI de Ischia di Castro, os meninos do Oratório de Urgnano - Eu vejo sua bandeira, bem, você é bom! - Os fiéis de Pordenone, as irmãs e os operadores do hospital "Miulli" de Acquaviva delle Fonti, um grupo de delegados sindicais do Veneto.
          Desejo a todos um bom domingo!
          Rezem por mim e bom almoço!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Papa Francisco - Mensagem.


Comentário nosso: Apesar das diferenças existentes entre o protestantismo e o catolicismo, publicamos também mensagens destes, uma vez que aquilo que nos une é maior do que aquilo que nos separa.

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de Junho de 2013

          Amados irmãos e irmãs!
          Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia, no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida.
          Partindo da Palavra de Deus que escutámos, gostava de vos propor simplesmente três pontos de meditação para a nossa fé: primeiro, a Bíblia revela-nos o Deus Vivo, o Deus que é Vida e fonte da vida; segundo, Jesus Cristo dá a vida e o Espírito Santo mantém-nos na vida; terceiro, seguir o caminho de Deus leva à vida, ao passo que seguir os ídolos leva à morte.
          1. A primeira leitura, tirada do Segundo Livro de Samuel, fala-nos de vida e de morte. O rei David quer esconder o adultério cometido com a esposa de Urias, o hitita, um soldado do seu exército, e, para o conseguir, manda colocar Urias na linha da frente para ser morto em batalha.
          A Bíblia mostra-nos o drama humano em toda a sua realidade, o bem e o mal, as paixões, o pecado e as suas consequências. Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte. Exemplo disto mesmo é o adultério do rei David. E o egoísmo leva à mentira, pela qual se procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas, a Deus, não se pode enganar, e ouvimos as palavras que o profeta disse a David: Tu praticaste o mal aos olhos do Senhor (cf. 2 Sam 12, 9). O rei vê-se confrontado com as suas obras de morte – na verdade o que ele fez é uma obra de morte, não de vida! –, compreende e pede perdão: «Pequei contra o Senhor» (v. 13); e Deus misericordioso, que quer a vida e sempre nos perdoa, perdoa-lhe, devolve-lhe a vida; diz-lhe o profeta: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás».
          Que imagem temos de Deus? Quem sabe se nos aparece como um juiz severo, como alguém que limita a nossa liberdade de viver?! Mas toda a Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, aquele que dá a vida e indica o caminho da vida plena. Penso no início do Livro do Génesis: Deus plasma o homem com o pó da terra, insufla nas suas narinas um sopro de vida e o homem torna-se um ser vivente (cf. 2, 7). Deus é a fonte da vida; é devido ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena.
          Penso também na vocação de Moisés, quando o Senhor Se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, como o Deus dos viventes; e, quando enviou Moisés ao Faraó para libertar o seu povo, revela o seu nome: «Eu sou aquele que sou», o Deus que Se torna presente na história, que liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente. Penso também no dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hino ao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus,porque só Ele é o Vivente!
          2. A passagem do Evangelho de hoje permite-nos avançar mais um passo. Jesus encontra uma mulher pecadora durante um almoço em casa de um fariseu, suscitando o escândalo dos presentes: Jesus deixa-Se tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, dizendo: «São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (Lc 7, 47). Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantas obras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo. Jesus acolhe, ama, levanta, encoraja, perdoa e dá novamente a força de caminhar, devolve a vida.
          Ao longo do Evangelho, vemos como Jesus, por gestos e palavras, traz a vida de Deus que transforma. É a experiência da mulher que unge com perfume os pés do Senhor: sente-se compreendida, amada, e responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia de Deus e obtém o perdão, começa uma vida nova. Deus, o Vivente, é misericordioso. Estais de acordo? Digamo-lo juntos: Deus, o Vivente, é misericordioso! Todos: Deus, o Vivente, é misericordioso. Outra vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!
          Esta foi também a experiência do apóstolo Paulo, como ouvimos na segunda leitura: «A vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). E que vida é esta? É a própria vida de Deus. E quem nos introduz nesta vida? É o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigénito, Jesus Cristo. Estamos nós abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor.
          3. Deus é o Vivente, é o Misericordioso. Jesus traz-nos a vida de Deus, o Espírito Santo introduz-nos e mantém-nos na relação vital de verdadeiros filhos de Deus. Muitas vezes, porém – sabemo-lo por experiência –, o  homem não escolhe a vida, não acolhe o «Evangelho da vida», mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que põem obstáculos à vida, que não a respeitam, porque são ditadas pelo egoísmo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e não são ditadas pelo amor, a busca do bem do outro. É a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; é pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da Vida leve à liberdade, à plena realização do homem.
          Resultado: o Deus Vivo acaba substituído por ídolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim são portadores de novas escravidões e de morte. O Salmista diz na sua sabedoria: «Os mandamentos do Senhor são rectos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos» (Sal 19, 9). Recordemo-nos sempre disto: O Senhor é o Vivente, é misericordioso. O Senhor é o Vivente, é misericordioso.
          Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso. Só nos salva a fé no Deus Vivo; no Deus que, em Jesus Cristo, nos concedeu a sua vida com o dom do Espírito Santo e nos faz viver como verdadeiros filhos de Deus com a sua misericórdia. Esta fé torna-nos livres e felizes.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Uma Segunda Olhada.


          O amor [...] não é melindroso, não se exaspera nem fica ressentido; não leva em conta o malfeito contra ele [não presta atenção à injustiça que sofre]. 1 CORÍNTIOS 13.5 (AB)
          Andar no amor divino é tão importante, mas tão esquecido pelos cristãos, que vamos dedicar mais tempo ao exame dele.
          O amor não leva em conta o mal feito contra ele. Esse, forçosamente, é o amor divino, porque éramos inimigos de Deus, e o Senhor não levou em consideração o mal que Lhe foi feito. Ele enviou Jesus para redimir-nos. Ele nos amou quando ainda éramos pecadores.
          O amor não presta atenção à injustiça que sofre. Seria melhor confessarmos a verdade: não há muitas pessoas andando no amor de Deus, embora o tenham recebido! Pelo contrário, estão andando no amor humano – carnal -e prestam bastante atenção a uma injustiça sofrida e ficam furiosas. O casal cristão se desentende e se recusa a falar um com o outro durante uma semana, por causa de alguma ima­ginada injustiça cometida por um dos dois.
          Você percebe como os problemas seriam solucionados no lar, na igreja e nação, se todos se tornassem filhos de Deus, assimilassem o amor de Deus e vivessem na família divina como filhos?
          Confissão: “Sou uma pessoa repleta de amor. Não sou melindroso, exasperado nem ressentido. Não levo em conta o malfeito contra mim. Não presto atenção a uma injustiça que sofro”.

Fonte: www.verbodavida.org.br

“Solicitamos às autoridades que se deixem guiar pela justiça nas medidas que precisam tomar”, pedem bispos do Mato Grosso do Sul.



          Diante do impasse gerado pela questão indígena no Mato Grosso do Sul, os bispos do Regional Oeste 1 (Mato Grosso do Sul) divulgaram uma nota nesta quarta-feira, 05 de junho, se posicionando a cerca do assunto. Veja o texto na íntegra.

          Nota da Conferência Episcopal do Mato Grosso do Sul sobre a questão indígena

          Foi com este título que, a 12 de dezembro de 2009, os Bispos da Igreja Católica presente no Mato Grosso do Sul nos posicionamos sobre o doloroso conflito que, há décadas, mantém agricultores e indígenas em margens opostas e que, a cada ano que passa, evolui em vítimas de ambos os lados. Reconhecíamos então que não se podia «prolongar um estado de coisas que, além de nos humilhar perante a opinião pública mundial, é uma tremenda injustiça que se comete contra uma multidão de brasileiros – e a injustiça sempre gera violência!».
          Infelizmente, a nossa voz não parece ter obtido a resposta que desejávamos. Os paliativos tomados se resumiram a congressos, seminários, viagens a Brasília (ou de Brasília) e... promessas! Nenhum dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – correspondeu às expectativas neles depositadas. Interesses mais ou menos ocultos prevaleceram sobre o bem comum. Era o que nos preocupava na mensagem: «O que não podemos deixar de questionar é se o Brasil, que dispõe de verbas para obras de envergadura em todo o território nacional, não tem recursos para realizar, de uma vez por todas, as justas expectativas de uma população cada vez mais vulnerável e explorada em sua dignidade».
          Mas, para não ficarmos, nós também, apenas em palavras, apresentávamos uma tentativa de solução: «A compra, por parte do governo, de propriedades situadas nas cercanias das atuais aldeias indígenas ou a utilização de terras devolutas no Estado». A ideia foi debatida e assumida, nestes últimos anos, por amplos segmentos da sociedade sul-mato-grossense e sintetizada em dois itens: quanto aos produtores rurais que tiverem suas propriedades demarcadas, sejam indenizados pelo valor real das mesmas (e não apenas por suas benfeitorias); quanto às comunidades indígenas, suas aldeias sejam revitalizadas e transformadas em núcleos populacionais (urbanos e rurais), com os serviços e as políticas públicas indispensáveis às necessidades de seus habitantes, assim como se procura fazer com as demais cidades e vilas do país.
          Como todo o território brasileiro, também o Mato Grosso do Sul era terra indígena. Por isso, é um dever que cabe a toda a sociedade – representada por suas autoridades – proporcionar aos povos indígenas condições de vida que os façam sujeitos e protagonistas de seu desenvolvimento, ao invés de mantê-los numa dependência social e econômica que os avilta em sua dignidade de seres humanos. Os conflitos gerados por suas sucessivas ocupações de propriedades vizinhas nada mais são do que uma prova contundente do abandono a que são relegados. Quando não atinge todas as camadas sociais, o progresso é desumano e injusto.
          Por sua vez, estamos conscientes de que a maioria dos produtores rurais – pelo menos dos pequenos e médios agricultores que chegaram ao Mato Grosso do Sul a partir de 1950, impulsionados pela “Marcha para o Oeste” deflagrada pelo Presidente Getúlio Vargas – adquiriram suas propriedades legalmente e delas precisam para viver. Não se pode reparar uma injustiça cometida no passado pelo governo brasileiro contra os índios tirando-lhes a terra, com outra injustiça, desrespeitando os direitos adquiridos pelos agricultores. Caso contrário, prolongar-se-á uma situação de tensão e insegurança jurídica e social que só pode terminar em violência, onde os mais fracos são sempre as primeiras vítimas.
          Chegamos a uma situação limite, que ameaça degenerar em conflito armado. Por isso, ao mesmo tempo em que solicitamos às autoridades civis, judiciárias e militares que se deixem guiar pela justiça e pela sabedoria nas medidas concretas e imediatas que precisam tomar, pedimos a todas as pessoas de boa vontade – indígenas, produtores rurais e membros de organismos envolvidos no conflito – que anteponham o diálogo e a negociação ao confronto, para não se mancharem com o sangue que continua a regar o solo do nosso Estado. Para uma solução justa e duradoura da questão indígena no Mato Grosso do Sul, o direito e o bem-estar de todas as partes precisam ser assegurados. Se as ocupações geram um clima de insegurança jurídica e social, o status quo é um barril de pólvora em constante ameaça de explosão.
          Índios e produtores rurais acreditam no mesmo Deus, formam a mesma família e constroem a mesma nação. Nada mais natural, portanto, que busquem concordes e solidários a solução de seus desafios e conflitos, já que, em assunto de tamanha importância, ninguém pode olhar apenas para seus interesses: ou nos salvamos juntos ou todos sairemos perdendo...

Campo Grande, 5 de junho de 2013
Dom Dimas Lara Barbosa
Arcebispo de Campo Grande
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, SDB
Bispo Auxiliar de Campo Grande
Dom Vitório Pavanello, SDB
Arcebispo Emérito de Campo Grande
Dom Antonino Migliore
Bispo de Coxim
Dom Redovino Rizzardo, CS
Bispo de Dourados
Dom Segismundo Martinez Alvarez, SDB
Bispo de Corumbá
Dom José Moreira Bastos Neto
Bispo de Três Lagoas
Dom Ettore Dotti, CSF
Bispo de Naviraí
Pe. Bento Moreira
Administrador Diocesano de Jardim

Fonte: www.cnbb.org.br

Comentário nosso: Em 1 Timóteo 2.1-2, a Palavra de Deus nos ensina a orar pelas nossas autoridades para que tenhamos uma vida tranquila e mansa.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, Francisco pede o fim da "cultura do desperdício".



          A Praça S. Pedro ficou lotada mais uma vez para a Audiência Geral desta quarta-feira, 5 de junho. O Papa dedicou inteiramente sua catequese à natureza, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que este ano lança um apelo contra o desperdício de alimentos.
          Quando falamos de meio ambiente, disse o Papa, o pensamento remete às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro do Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher sobre a terra para que a cultivassem e a guardassem.
          Mas é o que estamos fazendo?, questionou o Pontífice. “Esta indicação de Deus não foi feita só no início da história, mas a cada um de nós. É nossa responsabilidade fazer com que o mundo se torne um jardim, num local habitável por todos. Mas nós, ao invés, somos muitas vezes guiados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação, da exploração. Estamos perdendo a atitude do estupor, da contemplação, da escuta da criação.                Isso acontece porque pensamos e vivemos de modo horizontal, nos afastamos de Deus.”
          Todavia, esta responsabilidade de “cultivar e guardar” não diz respeito somente à natureza, mas compreende também as relações humanas. Francisco lembrou que seus predecessores falaram de ecologia humana intimamente relacionada à ecologia ambiental. A crise que hoje se vive, e que se reflete no meio ambiente, é sobretudo humana. E alertou: “A pessoa humana está em perigo!” E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia.
          “A Igreja já falou isso várias vezes; e muitos dizem: sim, é verdade.... mas o sistema continua o mesmo. O que domina são as dinâmicas de uma economia sem ética. Hoje, o dinheiro comanda. Deste modo, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra, é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por fazer parte da normalidade…”
          Esta “cultura do descartável” tende a se tornar mentalidade comum, que contagia a todos. A vida humana já não é sentida como o valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve – como o nascituro –, ou não serve mais – como idoso.
          “Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também aos desperdícios e aos restos de alimentos – o que é ainda mais deplorável quando muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição em várias partes do mundo. O consumismo nos induziu a nos acostumar com o supérfluo e ao desperdício cotidiano de comida. Lembremo-nos, porém, que o alimento que jogamos fora é como se o tivéssemos roubado da mesa do pobre, de quem tem fome!”
          Jesus não quer desperdício, lembrou o Papa. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, mandou recolher os pedaços que sobraram, para que nada se perdesse. Quando o alimento é repartido de modo justo, ninguém carece do necessário.
          “Convido todos a refletirem sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que sejam veículo de solidariedade e de compartilha com os mais necessitados. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas. Gostaria então que todos assumissem seriamente o compromisso de respeitar e proteger a criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do desperdício e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro.”
          Depois da catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Dos peregrinos de língua portuguesa, fez uma saudação especial aos fiéis diocesanos de Curitiba com o seu Arcebispo, Dom Moacyr Vitti.

Fonte: www.cnbb.org.br

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quebre suas algemas.

          Deixe que Deus quebre suas algemas.
          Você é filho do Altíssimo. Ser cativo não é algo natural para você.
          Aprenda a rebelar-se contra todas as cadeias de maus hábitos que lhe escravizam.
          Você nunca será livre até que aprenda a se libertar das suas cadeias.
          "Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres." (João 8.36)
 
Fonte: Mike Murdock (The Wisdom Center, EUA)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Salve antes de fechar.

 

 
          Certa vez, ministrando na igreja, eu trouxe uma caixa e deixei-a com as abas abertas. Depois, coloquei vários objetos dentro dela. Por fim, pus a Bíblia, que ficou por cima. Mas, quando fui fechá-la, não consegui, precisei retirar a Bíblia para poder fechar. Ela ficou do mesmo jeito. É como esta caixa que muitas pessoas chegam e saem da igreja, do mesmo jeito. Para a Bíblia entrar, algumas coisas devem sair. Elas ouvem a Palavra, gostam da pregação, mas depois aquilo passa, não ficou nelas, não mudou nada.
          Eu tenho um exemplo mais moderno para substituir este. Digamos que quando alguns vão para a igreja, é como se eles abrissem um arquivo de texto. Durante a pregação, eles digitam cosias novas, fazem algumas modificações. Mas, quando o culto acaba, eles não salvam. Então, quando abrem novamente, está do mesmo jeito. Salve antes de fechar. Dê continuidade ao que recebeu. Mantenha aquelas alterações e adições que foram feitas.
          A minha oração é para que o Senhor me ajude a administrar os intervalos entre um culto e outro. Eu não quero ter comunhão com Deus somente na igreja, mas todos os dias, todo tempo, ligado com Ele, abrindo mão do que for, salvando as alterações necessárias.
          O maior pregador de todos os tempos, Aquele que encheria qualquer igreja para vê-Lo pregar, Jesus, disse que aqueles que não praticassem o que ele falava iriam cair e grande seria esta queda. O que você tem feito com o que tem recebido? Deixe a Palavra de Deus lhe mudar.
          Quando você recebe um e-mail com um arquivo em JPEG, por exemplo, mesmo que você queira fazer alguma alteração, não será possível. Algumas pessoas já estão vivendo fechadas, como JPEG´s, não estão mais abertas para mudanças.
          Em Romanos 12.2, Paulo deixou claro que não há como experimentarmos a vontade de Deus sem nos transformarmos. Mudanças são necessárias, sempre! Eu nunca fiquei, durante todo o tempo de crente, sem Deus me apontar pelo menos três mudanças. Até hoje, continuo. Todas as vezes que eu completo uma etapa, consigo mudar algo na minha vida, Ele me mostra mais alguma coisa. Ele nunca me deu férias. Estamos em aperfeiçoamento contínuo e precisamos ter esta consciência, não perca o foco de que você ainda pode ser melhor do que já está.
          Algumas até usam dos dons do Espírito para transmitir uma imagem de aprovação. Mas, ser usado nos dons não significa que Deus está lhe aprovando. Pode ser apenas a misericórdia dEle para poder alcançar outras pessoas e lhe dar a chance de se arrepender e mudar.
          Saul estava querendo matar Davi, mas se deparou com vários profetas e até começou a profetizar também. Até caiu na unção. Mas, quando se levantou, estava do mesmo jeito, atrás de matar Davi. Alcançou outros, mas estava reprovado por Deus.
          Algumas pessoas se deixam ser enganadas, afastam-se de Deus, da consagração, vivem de qualquer jeito e, depois, quando sofrem o dano, elas pensam: “Deus esqueceu de mim?”. Mas, quem esqueceu de quem primeiro?
          “Examine-se pois a si mesmo, para ver se ainda está na fé” (II Coríntios 13.5)
          Este processo de autoexame é contínuo. Isso é santificação, é você cada vez mais deixar o comum e abraçar o sagrado. E isto requer esforços. Paulo chamou isto de o exercício da piedade. Para ter continuidade em alguma atividade física, as pessoas se esforçam. Muitos passam horas diariamente em uma academia, fazendo força, muitos até chegam a gemer. Mas, porque sabem: “eu preciso dar continuidade ao que comecei se não eu vou perder tudo que já alcancei”. Esta deve ser a nossa consciência.
          Veja o que Pedro escreveu:
          “Estas coisas EXISTINDO EM VÓS e em vós AUMENTANDO, fazem com que não sejais inativos e nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (II Pedro 1.9)
          Note que além dessas coisas (qualidades, características de caráter que devemos adicionar à nossa fé) existirem em nós, elas devem AUMENTAR. Irmãos, nossa expectativa deve ser essa, de mais crescimento, avanço, aperfeiçoamento contínuo, este é o avivamento de santidade em que estamos crendo. Deixe de viver de altos e baixos, permaneça avivado, crescendo, motivado com a vida de Deus, consagrado, disposto a mudar, a abrir mão do comum e abraçar o sagrado. Cuidado, existem coisas lícitas que podem nos tirar do foco da santificação.
          Esteja aberto a mudanças. E saiba que o primeiro passo para uma mudança é orar sobre ela.
 
*Trechos transcritos de mensagens do Pr. João Roberto na IEVV sede Campina Grande-PB
 
 

Medidor do amor.

 

          "O amor [...] não é melindroso, não se exaspera nem fica ressentido; não leva em conta o malfeito contra ele [não presta atenção à injustiça que sofre]." 1 CORÍNTIOS 13.5 (AB)
 
          Aqui está o termômetro do amor – o medidor do amor! É muito fácil descobrir se você está andando no amor. Se levar em consideração o mal cometido contra você, não estará andando no amor. Enquanto andar com Deus e permanecer cheio do Espírito Santo, não levará em conta o mal cometido contra você.
          No decurso dos anos, quando coisas injustas aconteciam comigo, as pessoas me diziam: “Eu não toleraria isso e não aceitaria aquilo!” No entanto, eu simplesmente mantinha a boca fechada sem falar uma palavra, sorria e permanecia feliz. Afinal de contas, nem perderia tempo negando a mentira, se alegas­sem que eu matara minha avó! Simplesmente continuaria gritando: “Aleluia! Louvado seja Deus! Glória a Deus!”
          Aconselho-o também a andar no amor para com aqueles que o tratam de maneira maldosa. Se você andar no amor a despeito das injustiças sofridas, tornar-se-á um vencedor!
          Apesar de tudo, algumas pessoas considerarão que essa atitude representa fraqueza. Até mesmo alguns pastores me dizem: “Deve haver fraqueza no seu caráter; você nunca defende sua causa”. Não, é uma fortaleza! O amor nunca falha.
          Simplesmente, recuso-me a acalentar no coração o ressen­timento contra quem quer que seja.
 
          Confissão: “Tenho o amor de Deus, por isso não sou melindroso, exaspe­rado, nem ressentido. Não tenho no meu coração ressentimento contra as pessoas”.
 
 

sábado, 1 de junho de 2013

Na outra margem.

 

 
Edimilson Nunes
Pastor da IEVV em Pedra de Guaratiba, RJ
 
          O episódio em que Jesus e os discípulos são atacados por uma terrível tempestade durante uma missão para mim é emblemático. É impossível não enfrentar tempestades durante uma missão. Quando vivemos a nobreza de cumprir a visão de Deus, obviamente enfrentaremos oposição.
          Na narrativa de Marcos 4:35-41, vemos alguns aspectos que valem refletir. Para começar observamos com alegria a firmeza de propósito nos lábios de Jesus. Ele não disse: “se o Pai celestial quiser, passaremos para a outra margem”. Ele disse: “passemos para a outra margem”.
          Quando estamos firmados naquilo que recebemos de Deus como missão, vivemos na convicção de que, junto com a visão, Deus preparou toda provisão. Dentro desse aspecto, o termo “se o Senhor assim permitir “ vira um bordão religioso, não é mesmo?
          Agora, verdade é que, o fato de saber que estamos dentro de um plano divino, não nos desobriga de ter uma atitude ativa quanto aos princípios de autoridade e fé durante a caminhada, estando ou não diante de uma adversidade. Jesus acreditou no que disse quando falou; estabelecendo assim um caminho espiritual pelo qual andaria, havendo ou não uma tempestade. Percebemos que o Mestre não esperou a adversidade, ele construiu com seus lábios a estrada que caminharia.
          Observando as oposições que Jesus enfrentou, podemos notar com clareza que: em cada fase, cada obstáculo, antecedia um novo ciclo dentro do processo de crescimento e fruto de sua missão. Em cada oposição e obstáculo vencido, o propósito de sua missão ficava cada vez mais estabelecido. Quando sabemos a missão e confiamos em quem nos confiou; cada adversidade é uma porta que se abre para nosso aperfeiçoamento. Isso não é retórica, é fato!
          Nesse contexto, o que havia na outra margem? Um homem oprimido terrivelmente por espírito malignos, cuja libertação seria um “start” no reino do espírito para que através dele um número incontável de pessoas ouvissem sobre Jesus e a vinda do Reino de Deus.
          Invariavelmente as grandes oposições antecedem a chegada de um nível maior de glória e, sabedores disso, nunca desanimamos diante dos desafios da vida; mas nos enchemos de expectativa!
          A experiência vivida por Jesus e seus discípulos evidencia a expectativa que o Mestre tinha de que os seus seguidores tivessem fé na visão. Não, eles ainda não tinham fé na visão. Poderiam, segundo Jesus, terem exercido autoridade sobre a tempestade; mas não o fizeram. Entretanto, tinham condição para fazê-lo, mas não sabiam que tinham essa condição. Na verdade posso morrer pobre, mesmo tendo sido objeto de um grande tesouro deixado por herança de algum parente, basta desconhecer o fato!
          Não importa a oposição, creia na visão, no plano de Deus. Não importa o nível da tempestade, siga em frente! Confie na Palavra e no amor de Deus. Digo por experiência própria, não desista diante de uma suposta incapacidade humana, persevere. Abra sua boca em fé e construa sua estrada e anda nela! Na outra margem, tem um nível maior de glória esperando por você!