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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Enchentes.Aumento de desastres relacionados às mudanças climáticas ameaça segurança alimentar, alerta ONU.

Enchente no Paquistão. Foto: PMA/Amjad Jamal
Enchente no Paquistão. Foto: PMA/Amjad Jamal

          Entre os anos de 2003 e 2013, a média anual de desastres naturais é praticamente comparada com a década de 80, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

          Desastres naturais têm aumentado em frequência e intensidade durante as últimas três décadas, ampliando os danos causados nos setores agrícolas de muitos países em desenvolvimento e intensificando a ameaça de insegurança alimentar. O alerta foi dado pelo relatório publicado nesta quinta-feira (26) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
          "Apenas neste ano, pequenos fazendeiros, pescadores, pecuaristas e silvicultores - de Mianmar até a Guatemala e de Vanuatu a Malauí - têm visto seus meios de subsistência serem desgastados ou apagados por ciclones, secas, inundações e terremotos", afirmou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.
          O estudo aponta que entre os anos de 2003 a 2013, a média anual de desastres naturais, incluindo eventos relacionados ao clima, quase dobraram em comparação à década de 1980. O prejuízo econômico causado no período chega a cerca de 1,5 trilhão de dólares.
          O relatório demonstra que desastres naturais têm forte impacto na agricultura e freiam a erradicação da fome, da pobreza e o alcance do desenvolvimento sustentável. O relatório é baseado em 78 análises de avaliações pós-desastres em países em desenvolvimento. O estudo conta com, por exemplo, dados de perda de produção e mudanças do fluxo de comércio provocadas por 140 desastres de média e grande escala, afetando ao menos 250 mil pessoas.
          Graziano da Silva pediu por estratégias nacionais para reduzir os riscos das mudanças climáticas e mostrou expectativas em relação à Conferência do Clima, em Paris, (COP21). No entanto, destacou que para obter políticas mais eficientes, é preciso criar um sistema de coleta de dados e monitoramento mais abrangente, capaz de mensurar os danos e perdas relacionados aos desastres naturais.

Fonte: http://nacoesunidas.org