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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Perdão.



por Vinicius Misael (Campo Grande-MS)
*Pastor da Igreja Verbo da Vida 
Perdão é a completa remoção de uma ofensa, a liberação de alguém; é a manifestação do amor de Deus. Para o cristão, o perdão não é uma opção, mas um dever, uma dívida, que temos para com todos.
É interessante observar, que o próprio Jesus associou o perdão de Deus, para conosco, com o perdão que devemos dar aos outros.
Certa vez, Ele contou uma parábola em que um homem devia 10 mil talentos ao seu rei, ou seja, 340 toneladas de prata (considerando o valor da prata hoje em dia, isso significaria uma dívida de aproximadamente 850 milhões de reais). Era uma quantia enorme, uma dívida impagável. Esse homem pediu o perdão da sua dívida e foi perdoado.
No entanto, ele tinha um servo, que lhe devia apenas 100 denários (3,8 kg de prata, ou R$ 963,00), uma quantia insignificante comparada ao débito que ele tinha com seu senhor. O servo também pediu perdão da sua dívida, mas o favor foi negado.
Quando o rei soube, ficou muito irritado, pois queria que aquele homem tivesse perdoado, assim como ele o perdoou. Jesus estava querendo mostrar, que assim como Deus perdoou as nossas ofensas, devemos fazer com os outros. Não temos o direito de não perdoar!
A falta de perdão pode gerar uma semente de amargura em nós, que pode germinar, brotar e se enraizar com o tempo. Arrancar um brotinho de uma planta é fácil, mas arrancá-la depois de muito tempo se torna difícil, trabalhoso e demorado.
Alimentar o ressentimento e a amargura é como nutrir e cuidar de um “monstrinho” em nossa própria casa, ele pode parecer inofensivo no começo, mas uma hora ele vai crescer e nos devorar.
Seja rápido em perdoar e arrancar toda amargura! É sua vida que está em jogo!
Fonte: http://verbodavida.org.br

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Apóstolo Guto Emery reuniu lideranças em Conferência na Argentina.

 

 
Nos dias 6 e 7 de setembro, foi realizada a primeira Conferência de Líderes e Ministros Rhema, na Argentina, com a presença do Ap. Guto e sua esposa Suellen Emery, bem como dos supervisores da região Pr. Darren e Edma Wray. O evento reuniu aproximadamente 200 pessoas, entre elas: os pastores locais, pastores do Paraguai, o pastor Guilherme Ardilles, líder da Igreja do Uruguai, juntamente, com uma caravana de voluntários, entre outros pastores de vários ministérios.
 
Na conferência, os participantes foram ensinados em três áreas da vida: a serem qualificados para o ministério, permanecerem firmes nele e viverem além dele.
Darren Wray começou destacando o primeiro ponto, no qual ensinou que apenas ter uma posição de liderança não significa que são  líderes, os frutos gerados e uma boa reputação são o que determinará isso.
 
Ter um relacionamento vibrante com Deus, o desejo de aprender, parar de viver de acordo com as próprias convicções, bem como a firmeza de caráter são as características que nos qualificam para estar no ministério.
 
Para Guto Emery, no que diz respeito ao ministério, começar bem não é tudo, é preciso continuar bem. Ninguém precisa ser perfeito para participar, mas existem alguns critérios básicos, necessários para ocupar bem essas posições. Assim, os canais para se manter firme no ministério são: consagração a Deus, tempo para orar intensamente no Espírito e também com a mente, além de louvar e agradecer ao Senhor em todos os momentos. “Nós mesmos somos responsáveis ​​pelo nível de plenitude na vida cristã”, destacou o apóstolo.
 
Com a ministração de Suellen Emery, em seguida, os líderes aprenderam que, avançando no ministério, cumprirão o chamado de Deus  tornando uma pessoa digna. Além disso, eles foram animados para preservar e proteger as terras que já foram conquistadas. Conforme a ministra, foram criados para viver plenamente e servir ao Senhor – e isso não deve ser um fardo – “Jesus não parou de viver para cumprir seu chamado e viveu uma vida em abundância. Então, precisamos aproveitar nossas vidas com equilíbrio” afirmou Suellen.
 
No sábado, os professores locais do Rhema usufruíram de um delicioso almoço e ainda participaram de uma reunião. A Conferência de Líderes e Ministros Rhema representou um marco para a liderança nesses países.
 
Fonte: verbodavida.org.br

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Pra que serve o batismo no Espírito?

 

por Marcos Honório Júnior
 
Se já nascemos de novo, para que serve o batismo no Espírito? Será que é apenas para ser chamado de “vaso” na igreja? Não somos batizados com o Espírito simplesmente para falarmos em outras línguas. Em Atos 1, existe um princípio glorioso do motivo pelo qual devemos buscar e almejar o batismo no Espírito.
 
“Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.1-8).
 
Neste trecho, lemos que o livro de Atos relata as coisas que Jesus continuou a fazer depois de ter dado instruções aos Seus apóstolos. Anteriormente, no livro de Lucas, o autor escreveu o que Jesus havia apenas começado a fazer e ensinar. Atos é a continuação, é um segundo volume.
 
No verso três de Atos 1, lemos que Jesus passou 40 dias dando provas indiscutíveis de que havia ressurgido da morte e estava vivo. Ele também passou esse tempo apresentando o Reino de Deus.
 
No versículo 4, Jesus fala da promessa do revestimento com poder, o batismo com o Espírito Santo.
 
Em seguida, os discípulos perguntaram se seria restaurado o reino. Eles achavam que nesse período todas as nações do mundo viriam para Israel se consultar com o Rei dos reis, mas isso só irá se cumprir no reino milenar, após a volta de Cristo. Jesus respondeu aos discípulos que eles não precisavam saber disso, mas explicou que o poder seria recebido quando o Espírito descesse e eles então seriam testemunhas.
 
Jesus os explicou que a questão do tempo em que as nações viriam a Israel não era para eles. O que deveriam ter como responsabilidade era esperar até que venha a promessa. Ele os falou que a Igreja está vivendo um período em que o corpo de Cristo não está esperando os demais povos se achegarem, mas a Igreja irá até esses povos. Um período em que o povo de Deus vai “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (v.8).
 
Os discípulos estavam há 40 dias testificando que Jesus havia vencido a morte e estava vivo. Isso quer dizer que eles haviam nascido de novo, se tornaram salvos. Então Ele explicou o propósito do batismo Disse que nós recebemos o revestimento de poder, não para diferenciar irmãos na igreja, ou para orar em outras línguas – que é algo maravilhoso, mas o revestimento de poder é a capacidade que vem de Deus sobre o homem para que este faça o que está proposto pelo próprio Deus para ele fazer.
 
Seja evangelizar seja servir na obra, seja ajudar aos irmãos, devemos fazer isso sempre na unção e na capacidade do Espírito Santo.
 
Mesmo no Velho Testamento, lemos que as pessoas precisavam ter o Espírito Santo sobre elas para fazer todo tipo de atividade. Os profetas, reis, sacerdotes precisavam ser ungidos. Em Atos 1, Jesus está dizendo: “Vocês não vão até serem revestidos de poder. Vocês receberão poder para serem testemunhas”.
 
Quando os discípulos começaram a pregar na unção e no poder do revestimento do Espírito, os milagres, sinais, dons e manifestações começaram a acontecer. E para que serve essa manifestação?
 
Para a gente ficar maravilhado? Não! Para que o testemunho de Jesus seja mais poderoso e a manifestação da Sua verdade seja mais poderosa.
 
Quando o Espírito vem, Ele vem para que as pessoas testemunhem de Cristo e o reconheçam. O Espírito nos convence, opera em nós. Quando alguém prega na unção do Espírito, existe um poder sobrenatural, uma força sobrenatural, algo maior. O próprio Deus, a força de Deus vem para alcançar o perdido.
 
Os dons podem se manifestar quando você está falando revestido pelo poder do Espírito Santo. Nenhum crente deveria falar sem esse batismo. Devemos ser todos cheios do Espírito, falar e fazer aquilo que um cheio do Espírito deve falar e fazer. Sermos testemunhas eficazes do Senhor Jesus Cristo!
 
Fonte: verbodavida.org.br

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Caráter X Personalidade.


por Manassés Guerra
Um líder falou certa vez sobre um dos seus gerentes: “Ele era muito bom mas, depois de várias promoções, a carreira dele se tornou questionável. O motivo disso foi que, em todas as nossas reuniões de avaliação das quais ele participava, tínhamos que bombardeá-lo com bastantes perguntas para que conseguíssemos descobrir o que realmente estava acontecendo. E, mesmo assim, tínhamos a impressão de que ele não estava contando toda história. Tudo que conseguíamos dele eram pigarros e gaguejos, para depois escutar algo do tipo: “Está tudo bem agora” ou “Está tudo sob controle”.
E este é o conselho que ele dar: “Não obrigue seu líder a fazer perguntas perfeitas para conseguir que você lhe dê informações. Se você quiser sobressair-se pelo seu caráter abra-se e exponha-lhes a realidade sem meias palavras”. Nathaniel Hawthorne disse: “Nenhum homem pode apresentar uma face para si mesmo e outra para a multidão por um período considerável sem acabar na dúvida de qual delas é a verdadeira.”
Stephen R. Covey, no seu livro “Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” faz uma abordagem sobre a “A Ética do Caráter” e a “Ética da Personalidade”. Vejamos: “…Comecei a sentir cada vez mais que grande parte da literatura dos últimos 50 anos era superficial.
Estava repleta de aparências, técnicas e soluções rápidas – band-aids e aspirinas sociais paliativos – para os problemas agudos que, de vez em quando, até pareciam resolvê-los temporariamente, mas deixavam intocados os problemas crônicos. Em um contraste marcante, a literatura dos primeiros 150 anos mais ou menos, era focada no que se poderia chamar de “Ética do Caráter”, considerada a base do sucesso – integridade, humildade, fidelidade, temperança, coragem, justiça, paciência, diligência, simplicidade, modéstia e a Regra de Ouro (fazer aos outros o que desejamos que nos façam).
A ética do caráter ensina que existem princípios básicos para uma vida proveitosa, e que as pessoas só experimentam o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu caráter. Pouco depois da Primeira Guerra Mundial, a visão básica do sucesso deslocou-se da Ética do Caráter para o que se poderia chamar de Ética da Personalidade.
O sucesso tornou-se mais uma decorrência da personalidade, da imagem pública, das atitudes e dos comportamentos, das habilidade e das técnicas. Habilidades de comunicação e atitudes positivas…”
Um caráter sólido, constituído por princípios imutáveis, torna-se a referência que serve como modelo diante das decisões que envolvem a maximização dos nossos talentos, da nossa personalidade e do nosso tempo. Um pensador disse certa vez: “Não há nenhuma quantidade de aprovação externa que pode desfazer o zumbido constante de críticas internas.” O que estiver regendo a nossa vida será a fonte de nossa orientação, sabedoria e poder. Portanto, torna-se indispensável dialogar com você mesmo e com a sua própria consciência. Jerry Bridges refere-se a isso como “pregar o evangelho a você mesmo.” Assim, uma missão pessoal é a expressão da constituição de um indivíduo. Assim, uma missão pessoal baseada em princípios corretos será o fundamento para a tomada de decisões importantes e decisivas na vida.
Extraído do livro "LÍDER PARA VOAR", de Manassés Guerra.
Fonte: http://verbodavida.org.br

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Medidas transbordantes.

por Janduí Araújo (Pinheiros-SP)
*Pastor da Igreja Verbo da Vida 
“Ah! Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2 Cr. 20.12).
Em uma necessidade extrema, que esgota nossas possibilidades humanas, costumamos nos entregar ao desespero. Oramos e não vendo saída, então dizemos: “Deus, eu não sei como eu vou fazer” .
É assim mesmo, e há até momentos que não é para você saber como! Não é pra você saber! Deus não precisa de nada que você saiba quando é Ele quem quer ter a primazia! Deus não vai usar nada de que você venha a se orgulhar.
Nada que você se esmere ou intelectualmente ache que está pronto para fazer, pensando que é desta forma que Deus quer que você faça – Deus não quer isto!
Deus nunca usa as nossas armas impressionantes. Muitas vezes Ele usa coisas tolas… Ele usa coisas ridículas… Ele usa coisas que não parecem ser… Ele usa o almoço de um menininho e alimenta cinco mil! Deus usa coisas que você diz: “Senhor como eu vou fazer aquilo usando isto?”.
Estamos começando o nono mês do ano. Ele representa o tempo da geração de coisas que em oração semeamos no útero espiritual. A minha oração é que você esteja pronto para o que o Senhor me disse para anunciar.
Acredite! Ele já nos deu tudo de volta outra vez. Então, precisamos confiar nas possibilidades de Deus, porque minha função é lhe dizer nesta manhã que Deus está prestes a fazer algo totalmente diferente em sua vida! É o como tirar água da pedra, dinheiro da boca de um peixe, e lançar redes onde não há possibilidade de uma grande pescaria e virem a tona cento e cinquenta grandes peixes.
Algo que não fará absolutamente sentido algum para os desapercebidos. Algo que desafia o raciocínio humano. Algo que não tem nada a ver com os seus recursos, que não tem nada a ver com sua família, nada a ver com as suas finanças, nada a ver com nada que você tenha se esmerado em manter.
Deus não vai usar nenhuma dessas coisas de forma alguma! Deus está pronto para uma intervenção tão extraordinária que tudo o que precisa ser fechado se fechará e tudo que deverá ser aberto se abrirá.
Vai se levantar uma situação em que você não saberá como, mas de alguma forma, você vai desempenhar algo sobrenaturalmente porque é Ele, é Ele quem o fará. Olhe para suas mãos. Quando elas lhe disserem; não há o que fazer, é ai que Ele vem saltando pelos montes.
Então prepare-se! Prepare-se porque agora é Ele quem irá tomar as rédeas. É Ele quem irá a sua frente. Ele estará na sua entrada e na sua saída. “Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo” (Is. 43.19).
Preparem-se! Executem os Meus comandos porque Eu Sou a sua segurança… ouçam os meus profetas, eles anunciam os meus pensamentos e os meus desígnios e ouvindo-os sereis prósperos, diz o Senhor.
Fonte: http://verbodavida.org.br/mensagens-gerais/medidas-transbordantes/

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

“Onde houver laços humanos, ali a Igreja deve se fazer presente”

09/09/2019  DGAE 2019-2023

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, falou sobre os desafios de implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) – 2019-2023, aprovadas na 57ª Assembleia Geral dos Bispos, realizada em Aparecida (SP), em maio. Ele destaca, sobretudo, a necessidade de fortalecer os lanços humanos, a exemplo de São Paulo Apóstolo, tendo em vista a criação de novas comunidades eclesiais missionárias. “Em uma pequena comunidade missionária, o vínculo de relacionamento é muito importante”, disse. Veja, abaixo, a íntegra da entrevista publicada originalmente na edição nº 28 da Revista Bote Fé.
 O que as igrejas particulares e as comunidades precisam fazer para implementar as DGAE aprovadas na 57ª Assembleia Geral? Qual o caminho a percorrer agora?
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023 têm duas referências insiapensáveis: comunidade e missão. Para as comunidades, foi cunhado o termo comunidades eclesiais missionárias e para a missão nós ficamos com o “ad gentes”, ou seja, ir ao encontro dos outros. O que se pede da Igreja hoje é presença das comunidades eclesiais em todos os ambientes e que elas sejam acolhedoras, mas também missionárias. A imagem da casa nas DGAE fala muito dos pilares. Mas também é possível trabalhar com a ideia da porta, pois ela nos permite trabalhar com o acolhimento e a missão. É aqui que está a implementação.
O que fazer? Primeiro, no campo da missão, reconhecer que o “ad gentes” não é mais uma questão de geografia, mas que muitas vezes você tem ao seu lado, ao alcance da sua mão, uma pessoa para quem Jesus Cristo não significa mais nada. Hoje isso é global. As dioceses são chamadas à dimensão missionária de diversas maneiras. Entre elas, se sobressai a ideia de ter clareza que as posturas precisam ser “paradigmaticamente missionárias”, como diz o papa Francisco. Ou seja, tem que se preocupar com quem está fora. A prática mais comum no Brasil é a visita missionária, também chamada de missão popular ou Santas Missões.
É necessário encontrar formas de visitas missionárias que não sejam apenas para chamar para matriz. Mas que seja para dizer: “nós viemos te visitar e com você vamos fundar uma comunidade eclesial”. Não basta ter uma igreja numa grande área, mas é preciso ter presença de Igreja onde as pessoas vivem e estão. Por isso, que existe a conexão entre missão e comunidades eclesiais. Existem experiências como as de escolas católicas, nas quais em torno do carisma do (a) fundador (a) os pais se reúnem em comunidade.
Qual é o papel da CNBB nesse processo?
O grande papel é de animadora e estimuladora. Porque cada diocese, além do seu jeito de ser na sua cultura, da sua história, das suas tradições, tem autonomia total para implementar as diretrizes. A CNBB não intervém nem obriga ninguém a executar uma orientação. Mas ela pode ajudar as dioceses a trocarem experiências, compreender o que está por trás das entrelinhas das DGAE e refletir. É isso que a gente vai tentar fazer. Já estão sendo realizados alguns seminários.
Porque a aposta em pequenas comunidades missionárias?
Porque a Igreja acima de tudo é comunidade e missão. É uma configuração que é solicitada desde a IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano realizada em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992 e com V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, ou Conferência de Aparecida, em 2007 se tornou claríssima. Onde houver laços humanos “naturais”, ali a Igreja deve ser fazer presente. Lembro-me de São Paulo. Ele ia às cidades e descobria os laços humanos naturais e em cima deles fazia o processo evangelizador. Em uma pequena comunidade missionária, o vínculo de relacionamento e muito importante.

Fonte: cnbb.org.br

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

O Desafio de amar e perdoar!

por Dione Alexsandra

“Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele” (I Coríntios 12:22-26).
Observe no início do texto, quando Paulo diz: “parecem ser mais fracos” são necessários. Enquanto leio esse texto percebo que a decadência de um ser humano é a decadência da humanidade. O levantar de um único ser humano, é o levantar da humanidade. 
Nosso desafio é tornar o que Paulo destacou nos versos acima em não mais um discurso, mas algo real em nossa vida, real por ser prática. É desafiador olhar para o próximo não apenas como objeto do meu respeito, mas como objeto do meu amor. Há pessoas que amamos amar, mas existem outras que precisam do nosso amor, mesmo exigindo tanto de nós amá-las.
Certamente, quando Jesus falou de amar o inimigo, Ele deve ter perdido muito apoio popular naquela época, e perdido muitos seguidores em sua rede social. Enquanto Ele discursava “Dai a César o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus”, deve ter tido apoiadores…
Agora, no momento que Ele disse: “Sabe aquele inimigo que o julga e o persegue? Se ele lhe pedir para andar uma milha, ande duas. Se ele o bater em uma face, ofereça a outra”, pronto, ame-o”.
Acredito que muitos pensaram: “Ele surtou” ,“Jesus exagerou”.
Sabe por quê? Porque a proposta é radical demais. Essa ideia é aquela que conseguiria transformar esse planeta em um lugar onde conviveríamos melhor com as pessoas. Isso é simples? Não. É uma experiência fácil? Também não. É algo que precisamos fazer o tempo todo? Ainda bem que não.
Tem muitos de nós maltratando pessoas, fofocando sobre outras, invejando outras, se comparando, depreciando a imagem de outras e no domingo estamos nas igrejas de mãos erguidas declarando: “Jesus, como eu te amo!” Quando na Bíblia que eu tenho, e que elas também têm, está escrito: “Amarás ao teu Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Lembrando que Jesus veio e ajustou um pouco essa demanda: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei” (João 15:11- 12).
O mestre sabia que muitos não conseguem amar nem a si mesmos, imagina amar ao próximo com a si mesmo? Por isso, Ele precisou esclarecer uma verdade: “Ei, é para amar ao próximo como Eu (JESUS) te amo.” (parafraseando  o texto de João 15)
Precisamos ler mais a nossa Bíblia, pois é salvação para a nossa vida. Nela está escrito também:
“Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão” (I João 4:20,21).
Meu Deus! Isso é forte demais, só lê quem tem coragem e só pratica quem ousar ser “forte” o bastante para confrontar a si mesmo.
João está querendo nos dizer que amar a Deus é mais fácil, porque Deus é o amor pleno. Mas a execução desse amor pleno se dá quando eu amo aos outros (meus irmãos) que Ele criou, mesmo não sendo no “formato” que eu gostaria.
Essa é uma realidade pela qual nós temos pago um alto preço por fugir dela. Porque nós decidimos amar apenas alguns desses irmãos. Nós precisamos sair da zona de conforto da indiferença. A indiferença é uma das maiores causadoras da dor e do sofrimento humano que vemos hoje.
Quando lemos o texto clássico da mulher adúltera perdoada por Jesus, escrito em João 8:1-11, acreditamos que o mestre fez o certo e aplaudimos sua atitude. Mas no século XXI no qual estamos, um vídeo de uma mulher que traiu o marido é postado por ele, muitos compartilham, e nós, com as nossas “pedras virtuais”, jogamos o vídeo nos nossos grupos, divulgamos, comentamos, damos o veredicto para essa mulher, execramos, sem nos perguntar: “E se fosse eu?  Se na hora da queda (seja ela qual for) eu tivesse sido filmado, gostaria de tamanha exposição?”
Precisamos construir em nós a capacidade de viver o Evangelho na prática. Ainda não entendemos que o próximo merece respeito e precisamos estar abertos para aprender com ele, seja ele quem for. Inclusive, aprender com os erros dele, para eu não precisar passar pelas trágicas consequências que ele passou pelo erro que cometeu. Afinal, o inteligente aprende com os seus erros, mas o sábio aprende com os erros dos outros.
Fica então, o nosso desafio diário: Amar e perdoar!
Fonte: http://verbodavida.org.br/lista-blogs/gente-boa/o-desafio-de-amar-e-perdoar/