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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Liturgia Semanal - 31º Domingo do Tempo Comum.

Liturgia Semanal
31º Domingo do Tempo Comum
30 de outubro de 2011

1ª Leitura: Malaquias 1.14b, 2.2b, 8-10
Salmos 130
2ª Leitura: 1 Tessalonicenses 2.7b, 9.13
Evangelho: Mt 23.1-12

Jesus condena a dominação intelectual

-* 1 Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: 2 «Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3 Por isso, vocês devem fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imitem suas ações, pois eles falam e não praticam. 4 Amarram pesados fardos e os colocam no ombro dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. 5 Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Vejam como eles usam faixas largas na testa e nos braços, e como põem na roupa longas franjas, com trechos da Escritura. 6 Gostam dos lugares de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; 7 gostam de ser cumprimentados nas praças públicas, e de que as pessoas os chamem mestre. 8 Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. 9 Na terra, não chamem a ninguém Pai, pois um só é o Pai de vocês, aquele que está no céu. 10 Não deixem que os outros chamem vocês líderes, pois um só é o Líder de vocês: o Messias. 11 Pelo contrário, o maior de vocês deve ser aquele que serve a vocês. 12 Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.»
* 23,1-12: Jesus critica os intelectuais e os líderes da classe dominante, que transformam o saber em poder, agindo hipocritamente e oprimindo o povo. Na nova comunidade de Jesus todos são irmãos, voltados para o serviço mútuo e reunidos em torno de Deus que é Pai, e de Jesus, que é o único líder e que veio para servir.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário

Um só é vosso Pai

          A ideia central de hoje é a simplicidade na liderança da comunidade religiosa, uma vez que Deus é nosso único Pai (Ml 2,9; Mt 23,9). A partir desta ideia, se desenvolve o ensinamento de Jesus, formulado aqui com os acentos característicos de Mt (evangelho).

          A Igreja mateana nasceu do judaísmo e estava em concorrência com a Sinagoga. Este conflito ocupa amplo espaço. Mt critica a "hipocrisia", o engodo, a falsidade, o formalismo religioso e social. Os escribas e os fariseus apoderaram-se da cátedra de Moisés. Na medida em que eles realmente ensinam a Lei, convém fazer o que dizem. Mas não se deve imitar o que fazem. Complicam a vida alheia com sua interpretação perfeccionista da Lei, mas inventam subterfúgios para si mesmos (como aqueles padres que, vivendo bem protegidos, complicam por futilidades a vida dos simples fiéis).
          O que fazem, fazem-no para serem vistos pelos outros, até vestindo-se de modo chamativo. Gostam de precedência e privilégio (como aqueles padres que sempre querem alguma exceção, algum abatimento etc.). Gostam de ser chamados "rabi" (mestre). Mas entre os cristãos não deve ser assim ("Vós, porém ... ", v. 8ss). Os líderes cristãos não precisam se impor como mestre, doutor ou "pai" (padre!): só Cristo é Mestre e Doutor e Deus, Pai; todos aqueles que Cristo reuniu são irmãos.
          O espírito que inspirou as críticas aos rabinos e os fariseus transparece nas últimas palavras: ser grande é ser servidor (cf. Mt 20,24-28). "Rabi" significava, literalmente, "grande". O cristão só é grande no serviço. Se ele ensina, não é para se colocar acima dos outros, mas para servir. Se ele governa, também. Se ele serve, não é para se tornar importante, mas para se tornar supérfluo (por isso, serve o melhor possível). Quem se torna grande será rebaixado; quem se rebaixa será engrandecido: o exemplo por excelência é Jesus mesmo.
          Consideremos o serviço na Igreja. "Ministério" significa serviço, por incrível que pareça! Os líderes, na Igreja, são "ministros", servos. E serviço significa: tornar-se instrumento do outro, do verdadeiro bem do outro, portanto, serviço a Deus nos irmãos. Atitude que exige muita delicadeza de alma e só pode ser assumida bem por quem está continuamente atento à vontade de Deus, o único Pai - exatamente como a caridade (cf. dom. passado). Aliás, é uma aplicação particular da caridade.
          A 1ª leitura mostra que Jesus pôde inspirar-se nos profetas para as suas críticas. Jesus geralmente recorre ao linguajar do Antigo Testamento, porque, senão, as pessoas não o entenderiam: falaria uma linguagem estranha para elas. Assim reconhecem a atualidade dos oráculos de Malaquias contra os sacerdotes. A história se repete. Malaquias, um dos precursores do movimento dos fariseus, critica os chefes do judaísmo, que, no seu tempo, eram os sacerdotes (os fariseus são leigos). Quatro séculos depois, Jesus tem de criticar os próprios fariseus, pelas mesmas razões. Hoje é preciso criticar os pretensos seguidores de Jesus, ainda pelas mesmas razões.
          A 2ª leitura forma um nítido contraste com essas duras críticas. Mostra a abundante ternura do apóstolo em relação aos seus discípulos: "Queríamos dar-vos não só o evangelho, mas a nossa própria vida" (1 Ts 2,8). Essa atitude contrasta com a dos chefes da Sinagoga. Esta leitura pode completar oportunamente uma reflexão sobre o ministério na comunidade cristã: a atitude de Paulo é a do próprio Cristo. Chama a atenção, ainda, aquilo que Paulo diz sobre a recepção que seu ministério conheceu: foi acolhido não como palavra humana, mas como palavra de Deus - o que, na realidade, era. Para chegar a essa reta acolhida é preciso a atitude certa tanto do mensageiro quanto dos ouvintes, na presença do Espírito de Deus.
          Temos portanto bastante matéria para refletir sobre a evangelização e a liderança na comunidade. O salmo responsorial nos lembra uma verdade fundamental, neste sentido: não desejar o que é grande demais, mas saber-se amparado na maternal ternura de Deus: esta é a condição para ser um líder que só procura servir e não se auto-afirmar. Pois Deus é quem o afirma na sua afeição.

Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

Mensagem

O Ministério Pastoral

          Costumamos ouvir que "a Igreja manda" isso ou aquilo. Cristãos dizem que "a Igreja abusa" etc. Mas não são eles mesmos a Igreja? Muitos "cristãos" consideram a autoridade da Igreja como algo alheio à sua vida; e, chamando de "Igreja" apenas a cúpula eclesiástica, esquecem que eles mesmos são a Igreja ... 
          Que as autoridades religiosas nem sempre estão isentas de críticas, o sabemos pelos jornais de hoje e pelos profetas de antigamente. O profeta Malaquias (1ª leitura) critica os aacerdotes por seus desvios. Eles praticam a discriminação entre as pessoas, esquecendo que Deus é o Pai de todos e que a Aliança é igual para todos. Jesus, no evangelho, profere criticas semelhantes contra os doutores da lei e os fariseus - leigos que tinham "revezado" os sacerdotes na liderança religiosa do povo. Eles fazem tudo para sobrepujar os outros.
          Na comunidade de Cristo não deve ser assim: um só é Pai, Deus; e um só é líder, Cristo. No ser humilde está a verdadeira grandeza. Já Paulo dá um exemplo de humilde e carinhosa dedicação à comunidade por ele fundada em Tessalônica. Isso fez com que os tessalonicenses acolhessem sua palavra não como palavra humana, mas como palavra de Deus (2ª leitura). O líder religioso não pode ser uma parede que separa Deus dos fiéis. Deve ser transparente, para não distorcer a visão sobre Deus. Deve ser "homem de Deus". Toda auto-exaltação é idolatria, pois só Deus é o Pai de todos.
          Ora, contrariamente ao que o evangelho de hoje aconselha, os líderes religiosos católicos são chamados de "pai" ("padre"). Houve algum desvio do espírito de Cristo ... ? A palavra de Cristo nos obriga a relativizar o termo "padre". Há uma maneira legítima de falar em "paternidade na fé"; Paulo nos dá o exemplo disso (Fm, v. 10). Mas Jesus lembra que, em matéria de religião, só Deus pode ser chamado de Pai, mesmo. No seu tempo, os mestres religiosos abusavam da dignidade de "pai" para exercer uma liderança autoritária e patriarcal.Também nossa Igreja hoje é ainda muito patriarcal e clerical. Suas estruturas favorecem um sistema fechado de recrutamento do clero, que constitui uma casta. Muitos padres são individualmente humildes, mas seu testemunho fica encoberto por essa estrutura clerical. Que estamos fazendo para mudar isso?
          Assim, impõe-se ao clero um exame de consciência, para não exercer uma paternidade que ofusque a única verdadeira paternidade na fé, a de Deus. Pede-se maior simplicidade e confiança em relação aos leigos. E estes, por sua vez, devem aproveitar melhor os espaços que já possuem e ampliá-los à medida que isso promove o bem de todo o povo de Deus. (E evitem o clericalismo dos leigos, lembrando os fariseus, leigos que revezaram os sacerdotes no comando!) Neste contexto coloca-se a questão dos novos ministérios e das novas formas de liderança que surgem nas comunidades eclesiais. O evangelho de hoje propõe o "espírito" com que devemos abordar essas questões. Se formos sensíveis ao que as censuras de Jesus criticam, haverá menos perigo de os fiéis considerarem "a Igreja" uma instituição alheia, com a qual eles não se identificam.

Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

Fonte: http://www.franciscanos.org.br

Tráfico de pessoas.

Dados do Ministério Público e da Polícia Federal revelam que o número de brasileiros levados para o Exterior por traficantes já soma 70 mil. ISTOÉ mostra como funciona e quais são as principais rotas do esquema


Izabelle Torres e Flávio Costa

          Em Brasília, um bar que é ponto de prostituição serve de hotel para meninas à espera de passaportes e documentos para embarcar para o Exterior. O local é conhecido como “Toca das Gatas”. Duas viaturas policiais circulam fazendo a ronda, mas nenhum policial desce do carro.
          A única abordagem feita na noite em que a reportagem de ISTOÉ visitou o local teve como alvo justamente a equipe de reportagem, considerada intrusa pelos cafetões. Uma das garotas apresentou-se como “Cintia” e confirmou que estava aguardando a chegada de documentos a fim de embarcar para a Europa. Seu destino é Portugal. Mas, para pagar a viagem – documentos, passagens e hospedagens – , ela e outras meninas devem trabalhar pelo menos seis meses como prostitutas e repassar aos “chefes” 60% do que receberem.
          O esquema que aliciou “Cintia” no interior de Goiás se dissemina por diversos pontos do País e é mais amplo. De acordo com o Ministério Público, conta até com a participação de policiais e servidores. “Isso ocorre por dinheiro ou pela troca de favores com os bandidos. Muitas vezes, o pagamento pela facilitação vem em forma de favores sexuais”, diz a PhD em pesquisa de criminologia, a promotora do MP do Distrito Federal, Andrea Sacco.
          Não é novidade que, atraídos pelo discurso do dinheiro fácil, pessoas sejam tiradas das periferias do Brasil e levadas para a Europa e os EUA e lá sejam submetidas à prostituição, trabalho escravo ou até mesmo transformadas em fornecedoras de órgãos para transplantes. Nos últimos meses, porém, o Brasil por meio de instituições como o Ministério Público e a Polícia Federal começou a reagir de forma a tentar desbaratar essas quadrilhas. O primeiro passo para isso foi um amplo levantamento sobre a forma de atuar desses traficantes e as rotas que eles estabelecem.
          Hoje, sabe-se que as ações dos criminosos estão concentradas em pelo menos 520 municípios brasileiros. Nessas cidades, pessoas são aliciadas e ficam em hotéis, pequenos abrigos ou pontos de prostituição, como ilustra o caso de Brasília, até receber seus passaportes, não raro, falsos, e ser mandadas para sete Estados que servem de escala para o Exterior. São eles os seguintes Estados: Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo. Segundo o MP, além de Portugal, os destinos mais frequentes são Espanha, Itália e Venezuela. No total, o número de pessoas levadas para o Exterior por traficantes já soma 70 mil.
          De acordo com a PF, as quadrilhas que comandam o tráfico de pessoas só perdem em lucratividade para as de tráfico de drogas e de armas. A ONU estima que a máfia de pessoas movimenta por ano mais de US$ 30 bilhões. Cerca de 10% desse dinheiro passa pelo Brasil. A principal dificuldade do poder público para enfrentar essas quadrilhas é a falta de um órgão dedicado exclusivamente ao tema. Outro problema, até mais grave, é o alto grau de corrupção que envolve essa modalidade de crime. “O tráfico é diretamente dependente da corrupção. No caso do Brasil, esbarramos também na falta de informações oficiais. Um país sem controle e sem números sobre um crime é um país sem ordem”, diz Sacco.
           O bailarino e empresário cultural, Paulo Franco, de 28 anos, foi uma das vítimas do tráfico para trabalho escravo. Depois de ser contratado pela empresa de entretenimento turca Sunu Sahne para apresentações de ritmos brasileiros em hotéis da costa asiática da Turquia, ele e o grupo do qual fazia parte foram alojados num hotel em péssimas condições. O pagamento antecipado não foi feito, e os vistos de trabalho prometidos não chegaram. Apesar disso, os shows foram realizados durante 40 dias. Investigações preliminares da diplomacia brasileira constataram que o grupo caiu numa rede de tráfico de pessoas. “Quando conseguimos voltar, tivemos uma recepção fria por parte da PF. A delegada que pegou meu depoimento tratou-me como se eu fosse autor do crime do qual fui vítima”, lamenta Franco.
          As dificuldades de brasileiros que caíram nas mãos da máfia do tráfico de seres humanos estão sendo relatadas em pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Ministério da Saúde. O pesquisador Mário Ângelo da Silva percorreu alguns dos países europeus considerados os principais destinos de brasileiros vítimas do tráfico para fins de exploração sexual.
          Em Portugal, para onde são dirigidas quase a metade das pessoas aliciadas, o pesquisador encontrou um quadro alarmante de isolamento e doenças. “Essas pessoas vão de forma clandestina e vivem em condições degradantes. A maior parte está com tuberculose por conta do confinamento em quartos”, constata. No documento que vai encaminhar ao Ministério da Saúde, a equipe do professor Ângelo reproduz depoimentos de algumas mulheres que vivem no Exterior. “Elas contaram que apanham frequentemente e que são obrigadas a consumir drogas”, afirma Ângelo. Vítima do esquema, Rosenilda Barbosa Alves conta que teve duas filhas traficadas para ser adotadas ilegalmente em Portugal. “Há seis anos, travo uma batalha na Justiça para reaver a guarda delas”, afirma.
           Jovens de baixa escolaridade, a maioria entre 16 e 25 anos, viajam por vontade própria atraídas pela promessa de trabalhar, receber em euro e regressar quando quiser. “Fui incentivada por uma amiga. Muita gente diz que não faz programa e que pode trabalhar de vendedora em shoppings. Mas não é assim. Tem casos de colegas obrigadas a ficar nas casas que eles indicam e que são submetidas até a agressões físicas”, conta “Amanda”, uma garota que conseguiu comprar dos traficantes a viagem de volta para Roraima. Na mesma cidade, a equipe de pesquisadores encontrou “Sueli”, à espera de documentos a fim de seguir viagem para a Europa. “Espero que eu seja uma das que vai ter sucesso lá e que eu consiga juntar dinheiro para dar uma vida melhor para meus filhos”, planeja ela, no depoimento gravado pelos pesquisadores.
          O sonho de ganhar dinheiro, a vergonha das meninas que precisam se prostituir e o medo dos chefes das quadrilhas são os principais obstáculos à formulação de estatísticas oficiais. Quem vai perde o contato com as famílias. Quando conseguem voltar, não querem denunciar por vergonha e também por medo de sofrer represálias dos integrantes do esquema no Brasil. O caso mais lembrado pelas vítimas é o de Letícia Peres, assassinada a tiros em Brasília depois de contar para a polícia detalhes do esquema de tráfico de pessoas na Espanha. “A ausência dos registros é normal. Elas temem aparecer como vítima ou como prostituta.
          Por isso, preferem o silêncio. Diante disso, o poder público, que já enfrenta inúmeras dificuldades, tem mais um obstáculo”, diz Ângelo. “O problema é que sem cooperação entre as autoridades policiais e o Executivo dos países da América do Sul é impossível desarticular essas quadrilhas de traficantes”, completa Bo Mathiessen, diretor do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) para Brasil e Cone Sul.
          No Congresso, uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado tenta dar um norte para as políticas de combate ao tráfico de pessoas. A tarefa é difícil. Até agora, as audiências e as investigações dos senadores se limitaram a concluir que existem esquemas milionários com tentáculos no Brasil, que a legislação nacional contribui para o aumento dos casos e que há falhas graves dos agentes públicos. “As investigações mostraram que São Paulo, o maior centro financeiro do País, ostenta o indigno título de maior polo receptor de tráfico para exploração sexual do País, principalmente quando se trata de vítimas homossexuais ou transexuais. Entretanto, apenas dez inquéritos foram abertos no Estado no ano passado”, ressalta a presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
           Na verdade, o baixo número de inquéritos em São Paulo para investigar as quadrilhas é uma realidade espalhada por todos os Estados. Em Roraima, por exemplo, uma das principais rotas, apenas 27 investigações foram concluídas nos últimos dez anos. No início do mês, o Ministério Público pediu a prisão de três integrantes de um esquema de aliciamento que agia naquela região. O temor dos promotores é de que os bandidos fujam antes de ser presos. As dificuldades do País em colocar atrás das grades os traficantes de seres humanos são conhecidas no âmbito internacional. Em junho de 2010, um relatório divulgado pelo Departamento de Estado americano afirmou que o governo brasileiro ainda não cumpre totalmente os padrões mínimos para enfrentar o problema.
          Contrário às críticas, o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, discorda da avaliação de que nada foi feito pelas autoridades federais. Segundo ele, entre 2007 e 2010, o Ministério da Justiça repassou R$ 3,275 milhões para a criação ou instalação de 13 núcleos de enfrentamento ao tráfico nos seguintes Estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. “O primeiro plano teve foco no acolhimento das vítimas e na estruturação de uma rede mínima de enfrentamento. No segundo plano, nós vamos ampliar a rede existente. Todas as cidades-sedes da Copa do Mundo deverão ter núcleos e postos voltados para o combate ao tráfico de pessoas”, adianta Abrão. O problema é que, entre as boas intenções e o efetivo combate ao crime, ainda há um longo caminho a percorrer.

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/170188_TRAFICO+DE+PESSOAS

domingo, 30 de outubro de 2011

Missões - Rio Grande do Sul.

Redentora – RS, outubro de 2011.

Nosso Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que aquilo que pedimos ou pensamos...  Ef: 3:20.

Graça e paz,

          Amados irmãos, amigos e familiares, gostaríamos de compartilhar nossa alegria e cuidado do Senhor nas nossas vidas. Queremos agradecer suas orações e ofertas pela obra do Senhor pela qual somos apenas instrumento entre o povo Guarani, muito obrigado que Deus lhes abençoe grandemente.
          Louvamos a Deus pela vida do Matheus Filiphe que nasceu com muita saúde no dia 06 de setembro pesando 2970 Kg e 45 cm e muito nos alegrou e alegrará. Quando penso neste versículo da palavra de Deus vejo Deus fazendo isso em nossas vidas e é tão bom reconhecer que foi Ele que fez “infinitamente mais”. Deu-nos 2 lindas meninas com saúde e agora um menininho também saudável! Pedimos suas orações para podermos educá-los no caminho do Senhor e para serem bons cidadãos.
          Estávamos muito preocupados com a estrada, pois não parava de chover, mas graças a Deus que foi tudo bem.  Passamos muitas noites preocupados por moramos 70 Km do hospital onde a Geni iria ter o nenê, mas nosso Deus fez infinitamente mais do que podíamos imaginar! Louvada seja o Seu Nome!
           Neste período de inverno deu muita chuva e muito frio e fez com que parássemos um pouco com o ritmo das idas para aldeia e aprendizado de língua e cultura e devido ao nascimento do nenê. No final de setembro o casal de missionários Ivan e Isadora veio nos ajudar, pedimos suas orações pela adaptação do casal e dos seus filhos Ingrid e Artur e boa adaptação da equipe que passamos servir ao Nosso Deus com toda dedicação.
            Realizamos no dia 18 de setembro um culto de ações de graças pelas Senhoras e um adolescente que aceitaram a Jesus como Salvador. Fomos contemplados com 5 bíblias. Um casal de irmãos de Anápolis-GO doou 1, uma irmã de São Paulo-SP doou 2, e um casal da nossa igreja doou 2. Os irmãos ficaram muito felizes e disseram que foi o melhor      presente que poderiam ter ganhado. No dia do culto estava presente uma jovem chamada Iolanda filha de uma das irmãs damos uma bíblia para ela, a Geni deu e ela disse que sempre teve vontade de ter uma a Geni ofereceu estudo bíblico e ela aceitou e sua irmã também. Orem para o Espírito Santo fazer a obra, pois elas já começaram os estudos. 
            No dia 23 deste vamos realizar uma programação para as crianças guarani, ore para que o Senhor nos dê sabedoria e que a semente venha ser plantada em cada coração. Outro desafio que temos pra este mês e já iniciamos é acabar mais uma parte da nossa casa, fazer a cozinha, terminar a varanda, colocar o repartimento do quarto para o Matheus e sonho muito com um escritório para poder estudar melhor. Pedimos muito suas orações para o Senhor continuar nos dando animo, forças e suprimento para continuarmos a construção.
            O nosso desejo é que o Senhor os recompense ricamente. Deus os abençoe!

Em Cristo, PR. Isaias e família
isaiasegeni@gmail.com

sábado, 29 de outubro de 2011

Cartas do Pr. Dave Roberson - Outubro de 2011.

Ministério Ana Maria Dias
Caixa Postal 254 Barueri – SP 06455-972
Fone/Fax: (11) 4191-6425 minamd.org.br

DAVE ROBERSON

Outubro – 2011
Querido Amigo,
           
            Quero aproveitar esse momento para dizer o quanto sou agradecido pelas suas orações. Você possibilita que cumpramos o que Deus nos chamou a fazer nesse ministério, e sei que Ele está nos preparando para ainda mais nos dias que virão. Obrigado por acreditar em nós e permanecer do nosso lado, na medida em que continuamos a fazer nossa parte, construindo o Reino de Deus.

            Já ensinei bastante sobre os nove atributos que compõem a essência de Deus. O amor é um desses atributos, mas, por alguma razão, parece que foi o que demorei mais para entender. Todos os outros atributos, como a soberania, o julgamento, a imutabilidade e onipotência de Deus foram muito mais fáceis de compreender. No entanto, o amor é o atributo pelo qual Deus identificou Sua própria natureza, fazendo com que o apóstolo João escrevesse: Deus É amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele. (1 João 4:15)

            E aqui está algo que descobri no processo de entender esse atributo do amor: os cristãos não podem compreender a essência da natureza de Deus – que é o amor – sem passarem por um processo de mudança.

            Talvez você pense, Tudo bem, posso amar a Deus, mas não gosto muito dessa ideia de mudar. O fato é que o amor de Deus nos pega desapercebido, até que começamos a mudar por que QUEREMOS. Você vai passar a entender que qualquer tipo de falta de perdão, independente de quem seja a culpa, se transformará em mágoa e amargura que, no fim, matará você.

            Algumas pessoas pensam que esse atributo divino chamando amor é inatingível, mas isso não é verdade. Senti-me envergonhado quando descobri o quão disponível esse amor está! Andar no amor não é difícil. Contudo, a maioria das pessoas escolhe não atingi-lo, pois já decidiram que não querem mudar; não querem que sua consciência seja incomodada. Mas todos os cristãos são capazes de entrar nessa caminhada para um nível maior do amor, mesmo se a maioria escolha parar em algum lugar no meio do caminho – e essa decisão é péssima!

            Eu não tinha ideia do que iria acontecer quando comecei essa caminhada para conseguir mais de Deus. Mas agora sei que o que Deus sempre quis foi que eu tivesse uma revelação maior de quem Ele é. Deus sabia que se eu começasse a passar um tempo com Ele em Sua Presença por escolha própria, Seu amor acabaria me mudando. Eu já era participante de Sua natureza divina por ter nascido de novo, mas o meu entendimento do Seu amor começou a crescer nessa nova natureza. Logo entendi coisas sobre Deus que nunca tinha entendido antes.

            Quando isso começar a acontecer em sua vida, você não vai querer continuar onde está. Você vai querer mudar e seguir em frente!

            Na minha caminhada para o amor, recebi uma revelação do que Marcos 9:23 e 1 João 4:18 significam: Se podes! - tudo é possível ao que crê e No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo. Quando descobri que o amor perfeito está ligado a um tipo de fé onde tudo é possível ao que crê, entendi a importância de continuar na caminhada para o amor de Deus a propósito, pois o tipo de fé que crê no impossível é resultado de se tornar íntimo de Deus nesses níveis mais altos de amor, onde não há medo.

            No início, eu não entendia isso; achava que era dever de Deus me amar e que o meu dever era reagir ao que Ele fez por mim. Afinal, eu pensava, Deus tem a capacidade de amar assim – Ele é Deus, eu não. É obrigação Dele me amar, e a minha obrigação é adorá-Lo pelo que Ele fez por mim.

            Mas, então, Deus me disse, “Vou revelar Meu amor a você, pois quero que você entenda o que desejo trazer para a sua vida. Você já teve experiências com o Meu amor, mas quero abrir a Minha Palavra e começar a mostrar o quanto Eu o amo”.

            Foi aí que comecei a descobrir o que custou para o Céu esse amor, e essa revelação me fez querer mais desse amor.

            Existem muitas coisas esperando por você do outro lado dessa caminhada para o amor de Deus. Você pode receber tudo o que Ele tem para você se não parar no meio do caminho. A carne talvez tente dificultar esse processo – isso já é de se esperar, pois a carne nunca quer seguir o amor – mas, lembre-se de que você não precisa concordar com sua carne! Ela perdeu seu domínio sobre sua vida recriada. Você PODE continuar crescendo em Deus. Ninguém pode parar você, apenas você mesmo. Então, não deixe de buscar mais Dele. O amor de Deus vale a pena!
           
           
            Seu colaborador,
DAVE ROBERSON


Profecia Recebida no
“The Family Prayer Center”
Tulsa, Oklahoma

16 de Julho de 2011 – Tenho restauração para você

            Para os que estão frustrados com suas falhas, perguntas não respondidas e sonhos destruídos, Eu sou a Solução para tudo isso. O caminho que estabeleci diante de você não é um caminho de sonhos destruídos; não é um caminho de fracassos repetidos, como alguns já experimentaram. O caminho que tenho para você é um caminho de perguntas respondidas e sonhos que se tornam realidade. É o caminho de encontrar sucesso em Mim na manifestação dessas coisas.

            Os planos que tenho para você são bons. Estabeleci um caminho diante de você, no qual você pode encontrar a realização dos seus sonhos, mas os sonhos que Eu pus em seu coração. Você aprenderá a distinguir entre os Meus sonhos e os que vêm da operação da alma. Você aprenderá como Me liberar para manifestar as coisas que estão em concordância com a Minha vontade.

            Eu amo muito você e estabeleci um caminho para você receber todas essas coisas. Na medida em que você segue em frente, um passo de cada vez, fazendo o que aprendeu, deixando que o Meu Espírito o ensine, você aprenderá como Me conhecer, como falar Comigo e receber o Meu amor. Você se familiarizará Comigo e verá que suas respostas estão sendo respondidas, seus sonhos estão sendo realizados e os fracassos não acontecem mais.

            Na medida em que você entra em um lugar no qual Me ouve, Me conhece, Me ama, recebe o Meu amor e entende as Minhas verdades, você atingirá um lugar em que coisas inimagináveis acontecerão.

            O caminho que Eu estabeleci diante de você é um caminho bom. Todos os desafios que você encontrar poderão ser superados em Mim. Eu tenho um plano de restauração que o libertará de fracassos sucessivos. Nada é difícil demais para Mim.

            Tenho restauração para os que viram sua vida entrar em uma direção de destruição. Nada é difícil demais para Mim. Eu sou a Sabedoria que você precisa para vencer. Eu sou a Força que você precisa para realizar seus sonhos. Tudo o que você precisa está em Mim. Eu sou a Resposta para tudo.

            Não olhe para a derrota ao seu redor. Levante seus rosto e olhe para Mim. Levante seu rosto e olhe para a verdade que você vê – a Minha Palavra é a verdade. Nada é impossível para Mim.

            Posso restaurar tudo. Posso restaurar vidas de tal forma que alguém destruído olhará para ao seu redor e não verá sinal do que aconteceu de ruim. Tudo o que você precisa está em Mim, e tudo o que Eu preciso é que você permita que o Meu Espírito edifique você em Mim. Eu realmente sou a Resposta para tudo. Venha e encontre-se em Mim. Você vai se satisfazer com a vida que encontrará em Mim.

Fonte: www.minamd.org.br

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Liturgia Semanal - 30º Domingo do Tempo Comum.

23 de outubro de 2011

1ª Leitura: Êxodo 22.20-26
Salmos 17
2ª Leitura: 1 Tessalonicenses 1.5c-10
Evangelho: Mt 22.34-40

O centro da vida

* 34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito os saduceus se calarem. Então eles se reuniram em grupo, 35 e um deles perguntou a Jesus para o tentar: 36 «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?» 37 Jesus respondeu: «Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39 O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. 40 Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.»

* 34-40: Cf. nota em Mc 12,28-34.[ * 28-34: Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutiza a si mesmo, o próximo e as coisas; amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão. O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.]

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário

O Mandamento Maior
O povo de Israel foi muito bem educado. Em comparação com outras religiões, a de Israel dá um peso notável à ética. A 1ª leitura de hoje mostra, por um texto antiqüíssimo, como o povo era constantemente convidado a julgar com delicadeza o que convinha no cotidiano. Não oprimir os estrangeiros e migrantes (prática comum daquele tempo, como hoje), pois
também eles foram uma vez estrangeiros. Não explorar viúvas e órfãos. Não exigir juros sobre o dinheiro emprestado a um pobre (outra coisa é o dinheiro creditado a um rico para especular ... mas os nossos bancos e financiamentos não conhecem essa distinção). Quem recebe um manto em penhor, tem que devolve-lo antes da noite, para o coitado não passar a noite fria sem coberta. Diante de tal pedagogia divina, o salmista, no salmo responsorial, pode com justiça exclamar que Deus é sua defesa e salvação. Tal Deus merece ser amado!
Os escribas de Jerusalém, impressionados com a sabedoria de Jesus (cf. domingo passado), queriam saber como ele resumiria a Lei. Pois, no meio do legalismo farisaico, que multiplicava as regras e intepretações, alguns, como o liberal rabi Hilel, achavam que era preciso simplificar a Lei e procurar-lhe um princípio central, uma chave de interpretação. Tal chave de interpretação, revelando o espírito mais profundo da Lei, Jesus a encontra no mandamento que todos os judeus sabiam ser o primeiro (citado no “Shemá Israel”, Dt 6,4ss): amar a Deus acima de tudo. Mas, acrescenta Jesus, há um segundo, de igual peso: amar ao próximo. Nestes dois mandamentos, qual uma porta nos seus gonzos, repousa toda a Lei (evangelho).
Segundo os evangelhos sinóticos (Mt 22,34-40 e par.), Jesus situou o cerne da Lei (que quer ser a expressão da vontade de Deus) no amor a Deus e ao próximo. Paulo, Tiago e João só falam no mandamento do amor fraterno (cf. Rm 13,8-10; Gl 5,14; Tg 2,8; Jô 13,34 etc.). Essa diferença não é fundamental, pois não se consegue amar bem ao irmão se não ama a Deus, isto é, se não se procura conhecer sua vontade absoluta referente ao irmão. Pois quem não admite Deus em sua vida se coloca a si mesmo como Deus para os outros... Mesmo se não se confessa a fé em Deus com as palavras de nosso Credo, é preciso admitir alguma instância absoluta para amar ao irmão como convém e não conforme veleidades subjetivas. ( Há muitos que se amam a si mesmos no próximo: mães “corujas”, revolucionários ambiciosos, benfeitores espalhafatosos, apóstolos que procuram afirmação pessoal etc.)
Convém considerar também a unidade dos dois mandamentos pelo outro lado: não se pode amar a Deus sem amar o irmão (cf. 1Jo 4,20). Já no Antigo Testamento conhecemos Deus como protetor e defensor dos mais fracos. Como nos daríamos bem com ele, oprimindo nosso irmão? Como poderíamos ser amigos do pai sem amarmos seus filhos? Quando os mensageiros anunciaram a Davi a “boa” notícia da morte de seu filho rebelde Absalão, ele o chorou, e a vitória se transformou em luto (2Sm 18-19). Se Deus é o defensor dos fracos, como poderão os cristãos apelar para o evangelho sem escolher o lado dos fracos e desprotegidos?
A 2ª leitura apresenta os tessalonicenses como exemplo de fé generosa, na perspectiva do novo encontro com o Senhor ressuscitado (v. 9-10). Este exemplo se transforma para nós em exortação, ao aproximar-se o fim do ano litúrgico, acentuando-se a perspectiva final. “Tornastes-vos imitadores nossos e do Senhor”. Quantos evangelizadores podem dizer, com a simplicidade de Paulo, que seus “evangelizadores” os imitem para serem imitadores do Senhor?
A oração do dia oferece um pensamento digno de meditação. “Daí-nos amar o que ordenais”. Geralmente, gostaríamos de que ele ordenasse o que amamos. Mas reconhecemos que seu critério é melhor que o nosso.

Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

Mensagem

Amar a Deus e ao próximo
Jesus resume a Lei, a norma ética, em “amar Deus e o próximo”. Tendo claro que “amar”, neste contexto, não significa mero sentimento, mas opção ética, podemos desdobrar este ensinamento em duas perguntas:
1) Pode-se amar Deus sem amar ao próximo? Não. Já na antiga “Lei da Aliança”, mil anos antes de Cristo, “amar a Deus” significa, concretamente, ajudar ao próximo: a viúva, o órfão, o estrangeiro, o povo em geral: o direito do pobre clama a Deus (1ª leitura).
Na mesma linha, Jesus, interrogado sobre qual é o maior mandamento, vincula o amor a Deus ao amor ao próximo, e acrescenta que desses dois mandamentos dependem todos os outros (evangelho). Todas as normaséticas devem ser interpretadas à luz do amor a Deus e ao próximo, que são inseparáveis. É impossível optar por Deus sem ser solidário com seus filhos (1Jo 4,20). A verdadeira religiãoé dedicar-se aos necessitados (Tg 1,27). Na prática, o “amor a Deus” (a religião) passa necessariamente pelo “sacramento do pobre e do oprimido”, ou seja, pela opção por aqueles cuja miséria clama a Deus, seu “Defensor”. Entre Deus e nós está o necessitado. Só dedicando-se a este, temos acesso a Deus. Mas não basta uma esmola. Com a nossa atual compreensão da sociedade e da história, a dedicação ao empobrecido não se limita à escola, mas exige novas estruturas. Importa trabalhar as estruturas da sociedade e transforma-las de tal modo que o bem-estar do fraco e do pobre estejam garantido pela solidariedade de todos, numa estrutura política e social que seja eficaz.
2) Pode-se amar o próximo sem amar a Deus? Nosso mundo é, como se diz, “secularizado”. Não dá muito lugar a Deus. Não nos enganem as aparências, os shows religiosos que aparecem em teatro e televisão, pois esse tipo de religiosidade, muitas vezes, não passa de um produto de consumo, no meio de tantos outros. Não é compromisso com Deus. Ao mesmo tempo, pessoas com profundo senso ético dizem: já não precisamos de Deus para explicar o universo. Será que ainda precisamos dele para sermos éticos, para respeitar nosso semelhante, para “amar o próximo?” Será que não basta ser bom para com os outros, sem apelar a Deus? Para que “amar a Deus”? Para que a religião? Eis a resposta: para amar bem o irmão, devemos também “amar a Deus”, aderir a ele (embora não necessariamente por uma religião explícita). Isso, porque o que entendemos por Deus é o absoluto, o incondicional, aquele que tem a última palavra, que sempre nos transcende e está acima de nossos interesses pessoais. Se não buscamos ouvir essa palavra última, pode acontecer que nos ocupemos com o próximo para nos amar a nós mesmos (amor pegajoso, interesseiro, sufocante etc.)
Como cristão, conhecendo “Deus” como Pai de Jesus Cristo e como a fonte do amor que este nos manifestou, devemos perguntar sempre se nossa prática de solidariedade é realmente orientada pelo absoluto, por Deus, aquele que Jesus chama de Pai. Senão, vamos conceber nosso amor de acordo com a nossa medida, que é sempre pequena demais...

Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

Fonte: http://www.franciscanos.org.br

Tunisiano promete islã com democracia.

Líder do partido islâmico vitorioso na primeira eleição do país depois da queda de ditador promete moderação

Rachid Ghannouchi diz à Folha que vai respeitar direitos das mulheres; partido já tem 42% das cadeiras

MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL A TÚNIS

          Depois de iniciar a Primavera Árabe e realizar a primeira eleição livre produzida por ela, a Tunísia agora quer mostrar que islã e democracia são compatíveis.
          Essa é a meta de Rachid Ghannouchi, 70, líder do Partido do Renascimento Islâmico (Nahda), que emergiu como o grande vencedor das eleições de domingo para a Assembleia Constituinte.
          Em uma de suas primeiras entrevistas desde a histórica votação, Ghannouchi disse à Folha que seu partido manterá as promessas de campanha, de preservar o caráter civil do Estado, assegurando a liberdade de expressão e os direitos das mulheres.
          A vitória tem sabor especial para Ghannouchi, cujo partido foi posto na ilegalidade pela ditadura de Zine Ben Ali. Em janeiro, após a fuga do ditador, ele voltou à Tunísia após 22 anos em Londres.
          De acordo com resultados parciais divulgados ontem pelo Comitê Eleitoral Independente, o Nahda obteve 24 de 57 cadeiras decididas até agora, ou 42% do total.
 
Folha - Qual o próximo passo do seu partido?
Rachid Ghannouchi - Implementar nosso programa e instalar uma democracia na Tunísia.

Que lição a eleição na Tunísia pode dar aos demais países da Primavera Árabe?
Que a vontade do povo é mais forte que a força dos ditadores. Que a paciência e a perseverança são recompensadas. A paciência é parte de nossa cultura. Ela ensina que os déspotas sempre acabam no lado perdedor.

Como o seu partido provará ao mundo que islã e democracia podem coexistir?
Essa é a lição mais importante da eleição na Tunísia. Espero que o modelo tunisiano inspire mais uma vez o mundo árabe.
Por 50 anos, os regimes de [Habib] Bourguiba e [Zine] Ben Ali tentaram convencer as pessoas de que islã e modernidade são incompatíveis e que elas precisavam escolher entre um e outro.
A Tunísia está mandando uma mensagem para o mundo: o caminho para a democracia e a liberdade passa pelo islã. A Primavera Árabe é, na realidade, produto da fusão entre islã e democracia.

No dia da votação, o sr. foi hostilizado e chamado de terrorista por alguns eleitores. Acha que conseguirá mudar essa imagem?
São essas pessoas que sequestraram o país durante anos, mas agora a Tunísia voltou para seu verdadeiro dono, o povo. E é por isso que elas têm medo de ter seus interesses ameaçados.
Alguns nem sequer nos conhecem. São vítimas da ignorância imposta pela ditadura.
Por 30 anos, a ditadura os obrigou a escutar com apenas um ouvido: que nós somos fundamentalistas e terroristas, que nos opomos à liberdade, ameaçamos os direitos da mulher, a liberdade de expressão, a criatividade, o turismo.
E agora as pessoas finalmente começaram a escutar com o outro ouvido. É apenas o começo. A maioria das pessoas finalmente entendeu isso e por isso votou em nós.
Quando nós governarmos o país, elas verão que as liberdades públicas e privadas estarão seguras. Nosso islã é sobre compaixão, justiça e igualdade. Nas próximas eleições, nossa popularidade será ainda maior.

Seus opositores temem que o país se fechará ao Ocidente com o Nahda no poder. Como a nova Tunísia se relacionará com o mundo?
Em nosso programa, pregamos a visão de uma Tunísia aberta ao mundo, diplomática e economicamente. E não apenas em uma direção à Europa, mas à Ásia, aos EUA e à América Latina. Queremos diversificar nossas parcerias.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2610201102.htm

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dilma vê oportunidade de endurecer negociação com a Fifa.

DE BRASÍLIA

          A presidente Dilma Rousseff quer aproveitar a troca do seu ministro do Esporte para endurecer as negociações com a Fifa e a CBF e evitar que a Copa de 2014 no Brasil se transforme, nas suas palavras, numa "festa particular" das duas organizações.
          O sucessor de Orlando Silva terá mais duas missões: fazer uma mudança na gestão do ministério, o que implicará demissões de assessores do PC do B, e retirar a pasta do noticiário negativo.
          Segundo assessores, Dilma quer também um auxiliar que jogue firme nas negociações com as entidades do futebol. Ela conversou há poucos dias com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente sul-africano Jacob Zuma, dirigentes dos dois países que sediaram as últimas copas do mundo. Os diálogos teriam reforçado sua disposição.
          Tanto Merkel como Zuma disseram à presidente que a Fifa encara o campeonato como um evento exclusivo dela e tenta definir tudo. Na Alemanha, por exemplo, a Fifa tentou restringir a venda de cerveja local para favorecer uma cervejaria patrocinadora do evento, mas acabou cedendo diante da resistência do governo alemão.
          Já a África do Sul não teve condições de resistir tanto como a Alemanha, segundo relatórios internos produzidos pelo Planalto que subsidiaram Dilma para as conversas com os dois colegas.
          A Fifa quer que o Brasil altere suas leis nos Estados para não oferecer meia-entrada a estudantes. Além disso, a entidade torce o nariz para a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A Fifa já vendeu cotas de patrocínio a uma cervejaria, que reclama da restrição.
          A decisão de endurecer só aumentou depois das últimas declarações do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, vistas pelo governo como uma intromissão em assuntos internos. O dirigente comentou a sucessão de Orlando Silva antes mesmo de sua queda. Na sexta, Valcke disse que já esperava tratar com "um novo representante do país" a Lei Geral da Copa.
          A assessores, Dilma lembrou que o governo está colocando dinheiro público na preparação da competição e, por isso, não pode admitir que ela acabe se transformando em uma "festa particular" da Fifa e da CBF.


PS: O leitor deve estar se perguntando o que tem a ver essa notícia em um blog cristão, mas, pode-se perceber que diversos valores e princípios podem ser afrontados pela FIFA e pela CBF. Por isso, devemos apoiar e orar pelos nossos governantes para que se mantenham firmes em defender as bases da nossa sociedade, calcadas, principalmente, nos princípios cristãos.

John Piper – E quanto aos Budistas, Hindus, Muçulmanos e Judeus?




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Leitura Anual da Bíblia - Período de 26 a 31 de outubro de 2011.

Ministério Igreja Sem Fronteiras

Departamento de Unidade Cristã


          Corpo de Cristo,

          Além da leitura do Novo Testamento, disponibilizamos também um roteiro para a leitura anual de toda a Bíblia.
          É uma maravilha, pois também consideramos importante a leitura do Antigo Testamento para a compreensão da Palavra do Senhor como um todo.
          Muitos acham que o Antigo Testamento deve ser descartado, mas cremos que nele encontramos muitos ensinamentos válidos para os dias de hoje, com o devido entendimento e sabedoria. Muitas doutrinas pecam em viver nos dias de hoje aquilo que era válido para aqueles que viviam naquele tempo, sendo tais jugos quebrados pela vinda, morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus.
          Não perca sua motivação nessa leitura!
          A parcela lida a cada dia parece ser pequena em relação a todo o conteúdo bíblico, mas com o tempo você perceberá a sua evolução e verá que a leitura de toda a Bíblia não é uma tarefa impossível.
            Se você ainda não começou a sua leitura, escolha um dia do roteiro abaixo – melhor que seja o dia de hoje, em que você acessou o nosso blog – e siga em frente. No próximo ano, você completará o plano de leitura. Combinado, então?
          Aconselhamos a orar antes de ler a Palavra, e manter-se em oração durante todo o ano, pois assim o Espírito Santo irá lhe revelar mistérios ocultos nas letras.
                   

          Mês de outubro de 2011:
                       

Dia 26 -


; Isaías 14 a 19
Dia 27 -

; Salmos 113 a 115
; Isaías 20 a 22
Dia 28 -
1 Tessalonicenses 5

; Isaías 23 a 26
Dia 29 -
2 Tessalonicenses 1 e 2
; Salmos 116 e 117
; Isaías 27 e 28
Dia 30 -
2 Tessalonicenses 3
; Salmos 118
; Isaías 29 e 30
Dia 31 -
1 Timóteo 1
; Salmos 119.1-32
; Isaías 31 a 33


       Segue abaixo a Estatística da nossa leitura:

Estatística

Período de leitura: de 01jan a 31dez de 2011.
Com as leituras acima, ficaremos assim:
Quantidade de dias: 365
Dias cumpridos: 295
Dias a cumprir: 70

Quantidade de versículos: 31.103
Versículos lidos: 26.210
Versículos a serem lidos: 4.893

Média de 89 versículos ao dia
Porcentagem lida da Bíblia: 84%
(Valores ajustados por incorreções na última postagem)

Fiquem na paz do nosso Senhor Jesus.

Leitura do Novo Testamento - Período de 26 a 31 de outubro de 2011.

Ministério Igreja Sem Fronteiras

Departamento de Unidade Cristã


Corpo de Cristo,

          Continuando a leitura do Novo Testamento, terminamos a leitura dos evangelhos, procurando manter a ordem cronológica dos acontecimentos, desde a anunciação da vinda do nosso Senhor Jesus até a Sua crucificação e ascensão aos Céus.
Para isso, iniciamos a leitura no dia 19 de dezembro de 2010, próximo ao Natal, e, pela nossa programação, terminamos no dia 6 de junho de 2011.
Desde então, entramos numa segunda fase, iniciando com o livro de Atos dos Apóstolos, seguindo com as Epístolas, até chegar em dezembro de 2011 no livro das Revelações, o Apocalipse.
Com a leitura dos Evangelhos, seguimos os passos do Senhor Jesus aqui na Terra, ensinando e curando; passamos pela sua crucificação, morte, ressurreição e ascensão aos céus. Passeamos pelo Livro de Atos dos Apóstolos, vivenciando a propagação dos ensinos do Filho de Deus, e pela Epístola de Paulo aos Romanos, considerada a maior, mais rica e mais abrangente declaração da parte de Paulo sobre o evangelho.
Passamos pela Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, onde são tratados alguns problemas relacionados à igreja e pela Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios, repleta de expressões de emoção profunda, trasmitidas por Paulo, para exortação e encorajamento frente às adversidades sofridas pela Igreja em Corinto.
Lemos a Epístola de Paulo aos Gálatas, caracterizada como uma sentinela da verdade de que a salvação é uma dádiva da graça de Deus, que não é ganha, nem é merecida, mas recebida somente pela fé.
Terminamos, a pouco, a Epístola de Paulo aos Efésios, cujo foco é o mistério da igreja, uma comunidade onde o poder de Deus de reconciliar as pessoas a si próprio é experimentado e compartilhado através de relacionamentos transformados.
Neste mês de outubro, fechamos a leitura das Epístolas de Paulo aos Filipenses e aos Colossenses, nas quais o apóstolo trata de diversas questões voltadas aos sofrimentos por amor a Cristo e de voltar-se somente a Ele, em abandono a doutrinas erradas que surgiam no seio da igreja.
Não perca sua motivação!
Se você ainda não começou a sua leitura, escolha um dia do roteiro abaixo – melhor que seja o dia de hoje, em que você acessou o nosso blog – e siga em frente. No próximo ano, você completará o plano de leitura. Combinado, então?
          
         Mês de outubro de 2011:
         Tema: Epístola de Paulo aos Gálatas


Dia 26 -
Filipenses 3
Dia 27 -
Filipenses 4
Dia 28  -
Colossenses 1
Dia 29  -
Colossenses 2
Dia 30 -
Colossenses 3
Dia 31 -
Colossenses 4


Segue abaixo a Estatística da nossa leitura:

Estatística

Período de leitura (de Atos dos Apóstolos até Apcalipse): de 07jun a 31dez2011.
Com as leituras acima, ficaremos assim:
Quantidade de dias: 239
Dias cumpridos: 138
Dias a cumprir: 101
Quantidade de versículos: 4.178
Versículos lidos: 2.636
Versículos a serem lidos: 1.542
Média de 19 versículos ao dia.
Cumpridos 63% de nossa meta.

Fiquem na paz do nosso Senhor Jesus.