Pastores evangélicos recorrem à modalidade com o objetivo de parar de pagar aluguel e montar a própria sede
Acesso mais fácil a crédito e menor burocracia estimulam grupos que atendem públicos específicos
FELIPE VANINI BRUNING COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A venda de consórcios no país -que cresceu à taxa de 37% em volume liberado negociado no acumulado do ano até agosto, não deixa nada de fora. Ou pouca coisa.
De fazendas a igrejas, de próteses dentárias a silicone, quase tudo pode ser encaixado em um consórcio.
A menor burocracia estimula a formação de grupos focados em públicos específicos, com menos acesso a linhas de crédito.
É o caso das igrejas evangélicas. "Mesmo não tendo fins lucrativos, igrejas têm direito a linhas de financiamento", diz Roberto Quiroga, sócio do escritório de advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga.
No entanto, segundo especialistas, são pouco comuns as liberações de crédito para essas instituições.
Uma das razões para isso é a falta de comprovação de rendimentos.
A empresa de consórcios FBJ Representações lançou na Expocristã 2011 (evento de produtos e serviços para cristãos), realizada em setembro em São Paulo, uma modalidade direcionada especificamente a esse público.
"A ideia é que o pastor ou a igreja que está alugando um templo possa ter recursos para construir sua própria sede", afirma Delmar Borges, dono da FBJ.
A FBJ vai até as igrejas para explicar aos fiéis como funciona o consórcio.
"Será que a igreja iria guardar o dinheiro do consórcio? Para a gente colher, tem de plantar", diz ele.
A venda de consórcios no país -que cresceu à taxa de 37% em volume liberado negociado no acumulado do ano até agosto, não deixa nada de fora. Ou pouca coisa.
De fazendas a igrejas, de próteses dentárias a silicone, quase tudo pode ser encaixado em um consórcio.
A menor burocracia estimula a formação de grupos focados em públicos específicos, com menos acesso a linhas de crédito.
É o caso das igrejas evangélicas. "Mesmo não tendo fins lucrativos, igrejas têm direito a linhas de financiamento", diz Roberto Quiroga, sócio do escritório de advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga.
No entanto, segundo especialistas, são pouco comuns as liberações de crédito para essas instituições.
Uma das razões para isso é a falta de comprovação de rendimentos.
A empresa de consórcios FBJ Representações lançou na Expocristã 2011 (evento de produtos e serviços para cristãos), realizada em setembro em São Paulo, uma modalidade direcionada especificamente a esse público.
"A ideia é que o pastor ou a igreja que está alugando um templo possa ter recursos para construir sua própria sede", afirma Delmar Borges, dono da FBJ.
A FBJ vai até as igrejas para explicar aos fiéis como funciona o consórcio.
"Será que a igreja iria guardar o dinheiro do consórcio? Para a gente colher, tem de plantar", diz ele.
SERVIÇO
Mas a gama de opções é muito mais ampla.
"Você pode comprar um consórcio para o casamento para, por exemplo, arcar com os custos do vestido da noiva", diz Paulo Rossi, presidente da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio).
"Se, por algum motivo, o casamento não der certo, o dinheiro pode ser usado para viajar e esquecer da tragédia amorosa", explica.
Segundo ele, existem cerca de 220 administradoras de consórcio no país, mas apenas 30 delas atuam no nicho de serviço.
O número de participantes mais do dobrou, de 5.000 para 12.500 de agosto de 2010 até o mesmo mês deste ano.
No entanto, ainda é pequeno comparado ao consórcio de motocicletas, carro-chefe do setor, com mais de 2 milhões de participantes.
A líder no segmento de serviço -que foi autorizado pelo Banco Central em 2009- é a Rodobens.
"Esse é um produto interessante principalmente em casos de eventos programados, como reformas ou um intercâmbio", afirma Francisco Coutinho, superintendente-executivo da Rodobens Consórcio.
POUCA ADERÊNCIA
"Você pode comprar um consórcio para o casamento para, por exemplo, arcar com os custos do vestido da noiva", diz Paulo Rossi, presidente da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio).
"Se, por algum motivo, o casamento não der certo, o dinheiro pode ser usado para viajar e esquecer da tragédia amorosa", explica.
Segundo ele, existem cerca de 220 administradoras de consórcio no país, mas apenas 30 delas atuam no nicho de serviço.
O número de participantes mais do dobrou, de 5.000 para 12.500 de agosto de 2010 até o mesmo mês deste ano.
No entanto, ainda é pequeno comparado ao consórcio de motocicletas, carro-chefe do setor, com mais de 2 milhões de participantes.
A líder no segmento de serviço -que foi autorizado pelo Banco Central em 2009- é a Rodobens.
"Esse é um produto interessante principalmente em casos de eventos programados, como reformas ou um intercâmbio", afirma Francisco Coutinho, superintendente-executivo da Rodobens Consórcio.
POUCA ADERÊNCIA
A Porto Seguro, Bradesco e Caixa Econômica Federal são algumas das grandes empresas do setor que não oferecem esse tipo de consórcio.
"Fizemos estudos e não consideramos viável esse consórcio", diz William Rachid Jr., superintendente da Porto Seguro Consórcios
Segundo ele, essa modalidade teria pouca aderência do consumidor.
"Fizemos estudos e não consideramos viável esse consórcio", diz William Rachid Jr., superintendente da Porto Seguro Consórcios
Segundo ele, essa modalidade teria pouca aderência do consumidor.
Fonte: Folha de São Paulo on-line – Edição de 10 de outubro de 2011.
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