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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Terceiro texto sobre a Graça.


por Natan Rufino (Integrante da Coordenação Doutrinária MVV)

          Bom gente, para abençoar os meus amigos e irmãos que amam a Palavra de Deus, segue abaixo o terceiro texto do Rev. Tony Cooke sobre a graça de Deus, traduzido do site do seu ministério.
          O Rev. Tony Cooke esteve ministrando em uma de nossas Conferências de Ministros sobre a graça de Deus. Fui muito impactado e tive a oportunidade de conversar bastante com ele. Na ocasião, ele me deixou as suas anotações das mensagens que havia ministrado. Essas anotações foram muito importante para mim no estudo equilibrado da graça de Deus. Sou muito grato a Deus pelo ministério deste homem. Indico a todos que acessem o site dele e leiam outras dezenas de bons textos e mensagens bíblicas que muito irão lhe edificar: http://www.tonycooke.org

O Que Realmente Significa Dizer “Eu Não Estou Debaixo da Lei”?

Tony Cooke

          Quando um crente diz “eu não estou debaixo da lei”, comumente pensamos que a pessoa está dizendo “eu não estou debaixo da Lei de Moisés”. Isto reflete uma compreensão apurada das Escrituras. Até mesmo um estudo superficial dos livros de Romanos e Gálatas mostrará isto. Como exemplo, vemos Paulo falando claramente sobre a Lei de Moisés quando ele escreveu:
          “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3.19,20)
          “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16)
          “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3.10-11)
          Mas aqui nós temos alguns questionamentos importantes:
          1. Não estar “debaixo da lei” significa que os cristãos estão sem lei?
          2. Significa que eles não aceitam qualquer influência ou que não há qualquer autoridade que governe suas vidas?
          3. Não estar “debaixo da lei” significa que os crentes não tenham qualquer restrição moral ou qualquer tipo de padrão ético?
          Se estes são exemplos do que um cristão quer dizer em sua declaração de que não está “debaixo da lei”, então teremos um verdadeiro problema em relação ao restante da Palavra de Deus.
          Paulo disse, “Se sois guiados pelo espírito, não estais debaixo da lei” (Gálatas 5.18). Nosso propósito na vida não é simplesmente nos livrar da escravidão das regras e regulamentações associadas ao Antigo Testamento; em vez disso, o objetivo de Deus é que nossas vidas sejam plenamente governadas pelo Espírito Santo, pela sua Palavra, e pelo seu amor.
          É essencial que entendamos que a palavra “lei” nas Escrituras não se refere sempre à Lei e Moisés. Mesmo no Antigo Testamento, Provérbios 31.26 faz referência a “lei da beneficência”. Quando chegamos ao Novo Testamento, descobrimos que o uso da palavra lei – referindo-se a um princípio diretivo e orientador – tem um alcance muito mais amplo de significado do que simplesmente “a lei de Moisés”.
          1. Romanos 3.27 fala da “lei da fé”;
          2. Romanos 8.2 menciona a “lei do espírito de vida em Cristo Jesus”;
          3. Gálatas 6.2 nos diz para “levarmos a carga uns dos outros, e assim, cumpriremos a lei de Cristo”;
          4. Tiago 1.25 fala da “lei perfeita da liberdade” (também mencionada em Tiago 2.12);
          5. Tiago 2.8 fala do amor (amar o próximo como a si mesmo) como a lei régia ou lei real.
          Mesmo com todas estas referências poderosas, talvez a mais penetrante declaração que diferencia a “lei de Moisés” de outros aspectos dos princípios divinos que governam e influenciam as nossas vidas, seja encontrada naquilo que Paulo disse em 1 Coríntios 9.21:
          “Quando estou com os gentios que não seguem a lei judaica, eu também vivo sem essa lei para que eu possa trazê-los a Cristo. Mas eu não ignoro a lei de Deus; eu obedeço à lei de Cristo” (New Living Translation).
          Observe que Paulo diferencia “a lei judaica” da “lei de Deus” e da “lei de Cristo”. Se eu disser “eu não estou debaixo da lei”, e estiver me referindo a Lei de Moisés (ou como Paulo a chama aqui “a lei judaica”), isto seria perfeitamente apropriado. Mas se eu quero dizer que sou livre para fazer o que eu quiser e que eu posso viver como quiser, sem qualquer consideração para com a influência da Palavra e do Espírito de Deus em minha vida, então eu entendi terrível e grosseiramente errado o ensino do Novo Testamento.
          “…quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13.8-10)
          Deveríamos compreender claramente que a palavra “lei” não é uma palavra ruim na Bíblia. A Lei de Moisés não poderia nos justificar; este nunca foi seu propósito. Mesmo assim, o problema não era a lei em si. O problema éramos NÓS! Paulo disse que “a lei é santa, e o mandamento, santo, e justo, e bom” (Romanos 7.12). Ele disse, “a lei é espiritual” (Romanos 7.14), e novamente, noutro lugar, “a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo” (1 Timóteo 1.8 ).
          A lei estabelecia um padrão de justiça com o qual não poderíamos nos equiparar. Portanto, é a nossa confiança na lei em nos salvar que é inútil. Quando confiamos em nosso desempenho, (que nunca pode se equiparar a perfeição absoluta), estamos confiando em nós mesmos e não na obra redentora de Cristo. Então, a Lei de Moisés, em si mesma e por si mesma, é boa; ela simplesmente revelou que nós não éramos.
          O que é usado de forma 100% negativa nas Escrituras não é o conceito da lei, mas sim o conceito da falta de lei. Se você pegar uma concordância bíblica e procurar pelas palavras iníquo e iniquidade nas Escrituras (que dizem respeito à ausência ou ao desprezo da lei), você verá que as passagens são absolutamente negativas. João disse que “qualquer que comete o pecado também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade” (1 João 3.4 – ARC).
          Como cristãos, não estamos debaixo da Lei de Moisés, mas com certeza não estamos sem lei, não somos iníquos. Mesmo a doutrina da graça no Novo Testamento, que frequentemente é posta em contradição com a lei (veja João 1.17), de forma alguma conduz o crente para uma vida de iniquidade, uma vida sem regras. Paulo disse, “o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!” (Romanos 6.14,15).
          Por que um crente deveria por seu foco mais no negativo do que no positivo? Em vez de simplesmente dizer “eu não estou debaixo da lei [de Moisés]“, talvez deveríamos considerar em pôr o foco mais no que realmente governa e influencia nossas vidas. Por que não confessamos o seguinte:
          1. A lei régia, a lei real, me governa;
          2. A lei do espírito de vida em Cristo Jesus me governa;
          3. Eu estou debaixo da influência do amor de Deus, do seu espírito, da sua Palavra e da sua graça;
          4. A lei de Cristo me capacita a me tornar qualquer coisa que Deus queira que eu seja, e me dá condições de realizar a vontade de Deus na minha vida de forma eficaz!
          Como Paulo, podemos dizer, “não que eu esteja sem a lei de Deus ou esteja sem lei para com Deus, mas eu a estou [mantendo de forma especial] dentro de mim e estou comprometido com a lei de Cristo” (1 Coríntios 9.21 – Amplificada)

Fonte: http://verbodavida.org.br/ministerio/coordenacao-doutrinaria/terceiro-texto-sobre-a-graca/

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