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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cisternas ajudam moradores a conviver com a seca.

SECOM - secretaria de comunicação social do governo federal
 
Além de consumo humano, reserva de água serve para a produção

          A população dispersa no meio rural do Semiárido conta com as cisternas para ter água para beber e também para a produção. Juntamente com outras tecnologias sociais (veja tabela), as reservas de água permitem que as famílias agricultoras enfrentem a estiagem. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), foram entregues 54.274 cisternas de placa, construídas entre janeiro e outubro deste ano. A meta para 2014 é entregar 900 mil unidades, independentemente do material de que são feitas.  
          As cisternas são reservatórios para captar água das chuvas, por meio de calhas instaladas nos telhados, nas regiões que apresentam baixa precipitação. Cada cisterna tem capacidade para armazenar 16 mil litros de água - quantidade suficiente para uma família de cinco pessoas beber e cozinhar, por um período de seis a oito meses - época da estiagem na região.
          Treinamento - Mais de 2,5 mil beneficiários do programa Água para Todos em Alagoas finalizaram nos dias 9 e 12 de novembro a capacitação em Gestão da Água, pré-requisito para a instalação da cisterna de consumo humano. As famílias beneficiadas são de 22 povoados do município de Estrela de Alagoas, no sertão alagoano. O programa, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, é executado em Alagoas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
          O curso orientou as famílias sobre a manutenção e bom uso do equipamento para evitar situações como a contaminação da água, além de auxiliar a família a ampliar o tempo de uso, estimado pela coordenação do programa em pelo menos cinco meses de consumo doméstico numa família de cinco pessoas. 
          Uma das beneficiárias do programa que concluiu a capacitação em Gestão da Água é a agricultora Maria Correia da Silva, 55 anos, que vive com dois filhos numa casa no povoado Lagoa do Exu, onde o abastecimento de água tratada é irregular. “A água costuma chegar somente alguns dias e depois passa até dois meses sem vir”, lamenta. 
          Além de comprar água, Maria costumava recorrer a afloramentos naturais, porém, a estiagem secou a maior parte dessas fontes. Agora, ela passará a aproveitar a água da chuva. No curso, ela aprendeu a evitar a contaminação, com uso de hipocloreto fornecido no posto de saúde, e não usar a primeira chuva, que serve para limpar o telhado da casa. 
          No povoado Serra do Bernardino, o agente de saúde Pedro Leonildo da Silva, que também finalizou a capacitação, afirma que já se pode notar uma redução no número de doenças, como a diarreia. “Tenho certeza que já é reflexo da qualidade da água que a população consome. Antes tínhamos somente açudes e agora cada família tem sua cisterna”, declarou.
          Comitês - Antes da instalação da cisterna, a Codevasf organiza Comitês Gestores Municipais, que são formados por representantes da sociedade civil organizada, sindicatos de representações rurais, representantes de grupos de idosos, mulheres, associações rurais, igrejas, pastorais e do poder público municipal. O Comitê auxilia na mobilização local das comunidades visando ao cadastramento e à validação das famílias a serem beneficiadas.

 Fonte: http://www.secom.gov.br

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