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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dilma freia ações em temas polêmicos.

Presidente decide submeter à consulta pública campanhas com material considerado sensível por grupos religiosos

Reação de católicos e evangélicos e temor pelo futuro político do ministro da Educação influíram na decisão


ANA FLOR
DE BRASÍLIA

Após cancelar a produção e distribuição do kit anti-homofobia do Ministério da Educação, a presidente Dilma Rousseff determinou que todo o material do governo que se referir a costumes terá que passar, a partir de agora, pelo crivo do Palácio do Planalto e por processo de consulta à sociedade.
A ordem da presidente ocorreu após uma reunião do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, com as bancadas evangélica e católica do Congresso e integrantes da frente parlamentar da família.
O grupo ameaçou propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Ministério da Educação caso o governo não cancelasse a produção dos materiais.
O kit anti-homofobia é formado por uma cartilha e cinco vídeos que o governo planejava distribuir a alunos do ensino médio em escolas públicas. Três vídeos chegaram a ser exibidos à imprensa pelo ministério em janeiro e circularam na internet.
Os vídeos desagradaram às bancadas evangélicas e católicas do Congresso, que alegam que os vídeos poderiam estimular o homossexualismo.
O MEC diz que o material, produzido por ONGs, não estava pronto. Essas versões preliminares foram aprovadas pela Unesco (órgão da ONU para a educação).

ELEIÇÃO EM SP
Assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram preocupação com os efeitos que a controvérsia poderia ter sobre o futuro político do ministro da Educação, Fernando Haddad, que Lula gostaria de ver como candidato do PT a prefeito de São Paulo em 2012.
Carvalho afirmou que não houve toma lá, dá cá na decisão da presidente ontem. Segundo ele, Dilma considerou que o material do MEC era "inadequado" e o vídeo, "impróprio para seu objetivo".
A decisão gerou críticas dentro do governo também. "Tempo das trevas!", escreveu a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, numa mensagem enviada a seus seguidores no Twitter para comentar notícias do recuo do governo.
Em outra mensagem mais tarde, ela afirmou que não tivera a intenção de criticar a decisão de Dilma, mas se referia à "onda conservadora levantada na campanha eleitoral pelo candidato [José] Serra [PSDB]".
Na campanha presidencial, Serra e grupos religiosos atacaram Dilma por mudar sua posição sobre a legalização do aborto, que defendeu no passado.

Fonte: Folha de São Paulo.

Opinião do Ministério Igreja Sem Fronteiras:

          Independente de ser manobra política ou não, em virtude de temores de não se conseguir eleger o atual Ministro da Educação à Prefeitura de São Paulo, a decisão da Presidenta vem demonstrar a força que o movimento cristão tem para influenciar as ações governamentais.
          Essa força ficou meio que implícita nas eleições presidenciais do ano passado, na qual a candidata Marina Silva obteve 20 milhões de votos.
          Os cristãos são maioria em nosso país e podem, unidos, velar pelos princípios bíblicos na vida dos nossos cidadãos.
          Uns podem afirmar, como a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, que estaríamos no "Tempo das trevas!", mas podemos afirmar que a Igreja é a base de sustentação da nossa sociedade. Lembremos à secretária que ela é representante de todo o povo brasileiro na função que ela exerce. Se ela acha que a maioria do povo está nas trevas, então seja capaz de mostrar a luz, e convencê-lo disso.
          Tempo de luz, talvez seria, então, cada um fazer o que quer, ter total liberdade, não é?
          Sábia a decisão da Presidenta em determinar que "todo o material do governo que se referir a costumes terá que passar, a partir de agora, pelo crivo do Palácio do Planalto e por processo de consulta à sociedade".
          Fiquem na paz do nosso Senhor Jesus.

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