Ministério Ana Maria Dias
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DAVE ROBERSON
Outubro – 2012
Querido Amigo,
Em um de nossos cultos há muitos anos, houve uma linha de oração para aqueles que queriam receber força para mudar. Nesse tipo de linha, a graça de Deus se faz disponível para nos ajudar a trocar nossas fraquezas por Sua força.
Um amigo meu me ajudou a ministrar naquela noite. Quando ele estava quase terminando de orar para as pessoas, o Espírito Santo me disse para entrar na linha também. Assim que obedeci, uma brisa suave veio sobre mim e senti meu espírito ficar mais leve.
Quando me dei conta, estava deitado no chão e o Espírito Santo estava falando comigo. Ele começou a dizer, “Você não sabe nada sobre adoração”. Então Ele me instruiu a adorar a Deus por determinadas horas todos os dias. Ele queria que eu separasse um tempo que me ajudaria a entrar na adoração e entender o que Ele queria me ensinar.
Já que eu estava em um jejum prolongado, eu imediatamente me perguntei, E o jejum? Será que continuo?
O Senhor imediatamente respondeu, “Eu não disse para você não jejuar, mas o jejum não pode lhe dar o que a adoração pode. Nem a adoração pode lhe dar o que o jejum pode”.
Minha mente protestou um pouco, mas então Deus me lembrou de três homens de avivamento; dois dos quais faziam mais de dois jejuns de quarenta dias por ano. Quando pensei na vida desses homens, os altos e baixos de seus ministérios, Deus me ajudou a entender que quando alguém põe toda sua confiança em apenas uma chave espiritual, como o jejum, e crê que ela é a resposta para tudo, haverá certas áreas de sua vida que Deus não poderá tocar.
Enquanto eu estava deitado no chão, comecei a ficar animado com a ideia de ser ensinado pelo Espírito Santo sobre como adorar de uma nova forma. Na medida em que minha mente continou pensando sobre as chaves que Deus havia me mostrado no decorrer dos anos, acabei me sentindo culpado por exaltar uma chave como a resposta de tudo: a oração em línguas. E Deus esclareceu isso para mim. Ele me assegurou de que porque a oração em línguas é um dom de revelação, ela também é o caminho que o Espírito Santo usa para revelar chaves espirituais, como a meditação na Palavra, a confissão da Palavra, o jejum e a adoração.
Então, depois que o Espírito Santo me disse, “Você não sabe nada sobre adoração”, tomei as providências necessárias para separar um momento todos os dias e adorar a Deus; assim, eu descobriria o que Ele queria que eu entendesse. Entrei no meu escritório, fechei a porta e comecei a adorar. Depois de duas semanas de obediência, passei a sentir a Presenaça de Deus como nunca. Ao beber da fonte da adoração, recebi a Presença tangível de Deus que me fez experimentar de primeira mão o que muitos crentes desejam.
Agora, preste atenção. Esta pode ser a chave que você estava procurando. A adoração pode mudar sua fé para sempre, pois ela muda a maneira que você recebe as coisas de Deus.
Não importa quantas vezes eu medite na Palavra, sempre me maravilho com a quantidade de coisas que ainda preciso aprender. Quando penso que sei tudo sobre um versículo, algo se abre nas escrituras, mudando a maneira que eu entendia aquelas palavras antes.
Foi isso que aconteceu comigo um dia enquanto lia a passagem em João 4, onde Jesus se senta no poço de Jacó e começa a revelar Seu coração e o coração do Pai à mulher samaritana. Quando meditei naqueles versículos, recebi um novo entendimento sobre a adoração.
Pela direção do meu espírito, imaginei o encontro de Jesus com aquela mulher repetidas vezes, até que finalmente entendi o que meu Pai Celestial queria não só dela, mas de todos nós: uma comunhão que vem do espírito nascido de novo.
Em primeiro lugar, Deus é nosso Pai. Então, Ele é nosso Senhor. Como nosso Senhor, Ele nos deu vida eterna e garantiu nosso futuro com abundância que é tão infinita quanto Seu poder como Criador. Mas por ser nosso PAI, Deus quer desfrutar de uma comunhão conosco – a intimidade que só podemos Lhe dar quando nascemos de novo e nos entregamos em Seus braços com uma natureza igual a Dele. Então, podemos adorá-Lo com uma admiração de filhos que sabem que não há ninguém como Ele.
Entendi o seguinte: Quando Jesus sentou no poço de Jacó e falou com a mulher Samaritana, Ele estava diferenciando o tipo de adoração que crentes nascidos de novo dão a Deus, o Pai, do tipo de adoração que os santos do Antigo Testamento tinham com Ele. Sob a Antiga Aliança, as pessoas não podiam dar a Deus o que elas não tinham – a adoração que vem da nova natureza de um espírito nascido de novo. Esta é a adoração verdadeira que Deus deseja de seu povo, pois Ele é um Espírito e aqueles que O adoram devem fazê-lo em espírito e em verdade: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem (João 4:23).
Quando Jesus disse, “Porque o Pai procura a tais que assim o adorem”, Ele não quis dizer que o Pai está passando de igreja em igreja, procurando por um grupo de adoração. Jesus estava dizendo que Deus esperou por todas as gerações até a Cruz, operando o plano de redenção pacientemente, ansiando pelo dia em que Ele pudesse restaurar a nova natureza à raça humana. Uma vez que essa nova natureza foi restaurada através de Jesus, o Pai pode finalmente desfrutar o tipo de comunhão com seus filhos que Ele buscou por quatro mil anos – uma comunhão que vem do novo nascimento.
A questão não é que Deus não teve um relacionamento com os santos do Antigo Testamento; Ele teve, sim. Eles O adoravam através de suas almas e Lhe davam o máximo que podiam do seu ser. Mas por mais que Deus os amasse, Ele só podia desfrutrar um nível limitado de intimidade com eles por causa de suas naturezas de pecado. No entanto, até mesmo aquele pequeno nível de intimidade só era obtido através do véu de purificação do sangue de um animal. O que Deus realmente queria, eles não podiam Lhe dar: a comunhão e adoração que vêm do novo nascimento da mesma natureza que Deus tem, assim como Hebreus 10:4 diz, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados.
Jesus não podia ter elogiado nenhuma pessoa do Antigo Testamento como João Batista na passagem de Mateus 11:11: Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. De todos os santos do Antigo Testamento -- inclusive os profetas ou sábios, como Moisés, Davi e Salomão – Jesus disse que nenhum homem nascido de mulher foi maior que João Batista. E então, ele continuou dizendo, “O menor no Reino dos Céus é maior do que ele”.
Por quê? Porque antes de Jesus ressuscitar dos mortos, a nova natureza não estava disponível a ninguém. Portanto, sob a Nova Aliança, o menor no Reino dos Céus seria maior que João Batista, pois os santos do Antigo Testamento, inclusive João, ainda nao tinham recebido a nova natureza.
Veja, João ainda não tinha nascido de novo, então não podia dar ao Pai o que Ele mais desejava: a comunhão da nova natureza. Tampouco podia o Rei Davi. A comunhão desses santos com Deus não era suficiente por causa de seus espíritos humanos não regenerados. Mas esse não é o nosso caso; nós nascemos de novo!
Agora podemos entender melhor a exortação de Paulo para os crentes nascidos de novo em Colosso, onde os ataques contra os judeus tentaram forçar os crentes a continuar seguindo a Lei de Moisés. Paulo aletrou os Colossenses, dizendo:
Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo. (Colossenses 2:16,17)
Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado. E os que o acharam apanhando lenha trouxeram-no a Moisés e a Arão, e a toda a congregação. E o meteram em prisão, porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer. Então disse o Senhor a Moisés: certamente será morto o homem; toda a congregação o apedrejará fora do arraial. Levaram-no, pois, para fora do arraial, e o apedrejaram, de modo que ele morreu; como o Senhor ordenara a Moisés. (Números 15:32-36)
Debaixo da sombra, o Sábado simbolizava o descanso no qual você e eu entraríamos quando nascêssemos de novo e saíssemos debaixo do fardo de nossos pecados. Sabemos que Josué não pode dar aos filhos de Israel esse tipo de descanso quando levou-os até a Terra Prometida, de outro modo Paulo não teria dito o seguinte em Hebreus 4:8-10:
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.
Sabemos que este versículo está falando sobre uma ressureição espiritual, não natural, pois houve diversas ressureições antes de Jesus morrer e ressurgir. Se Deus estivesse falando de uma ressurreição natural, Jesus não teria sido chamado de “Primogênito nascido dos mortos”.
Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas não é isso que acontece conosco. Deus precisou nos deixar em um corpo físico. No entanto, pertencemos a um Reino espiritual. Nossos sentidos estão em contato constante com um mundo negativo. Enquanto um alcoóltra escolhe levar a vida anestesiando seus sentidos às coisas negativas, você e eu podemos viver cheios com o Espírito, falando salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor em nossos corações – que é a adoração pessoal.
Seu colaborador,
Dave Roberson
Fonte: www.minamd.org.br
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