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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Para Rollemberg, menores infratores do Distrito Federal estão abandonados.

          Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) cobrou do governo do Distrito Federal “políticas assertivas de atendimento, educação e reinserção social do menor infrator”, além de promoção de atividades culturais, esportivas e de qualificação profissional para os jovens da capital federal.
          Para o senador, a terceira morte de um interno em menos de três semanas no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) revela um histórico de “omissão e ineficiência” das medidas socioeducativas.
          Rollemberg disse que o Distrito Federal é a unidade que mais interna jovens no país, com 29,6 internos para cada 10 mil adolescentes. Em segundo lugar, está o Acre, com 19,7. Em terceiro, São Paulo, com 17,8.
          Dados do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, assinalou Rollemberg, apontam que há na capital federal 28 jovens cumprindo medidas socioeducativas para cada 10 mil habitantes, quando a média nacional é de 8 jovens.


          Outro levantamento, da Promotoria da Infância Infracional de Brasília, apontou que os jovens da capital federal matam com mais frequência: em 2011, 180 pessoas foram assassinadas por adolescentes com menos de 18 anos, número 50% maior do que o registrado em 2010.
          O Conselho Nacional de Justiça, segundo o senador, identificou superlotação nas unidades de atendimento, despreparo dos profissionais e deficiências graves do trabalho pedagógico realizado com os ­adolescentes.
          O senador descreveu que os alojamentos são escuros, úmidos e feitos para abrigar dois adolescentes, mas contam com quatro ou cinco jovens.
          — Para quem nasceu, viveu e cresceu excluído, vendo a falta de oportunidades, fica mais fácil entrar no mundo da infração. E o que fazer diante disso? Deve-se excluir quem sempre foi excluído ou deve-se dar a chance de inclusão que muitos desses meninos e meninas nunca tiveram?

Fonte: Jornal do Senado

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