Visitantes:

55073

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Compromisso da Cidade do Cabo - Parte 1.

Prefácio

          O Terceiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial (Cidade do Cabo, 16-25 de outubro de 2010) reuniu 4.200 líderes evangélicos de 198 países e se estendeu a outras centenas de milhares de líderes que participaram de reuniões, locais e on-line, realizadas em todo o mundo. Seu objetivo? Trazer um novo desafio à Igreja global a fim de que ela testemunhe de Jesus e de todo o seu ensinamento, em todas as nações, em todas as esferas da sociedade e em todos os campos de reflexão.
          O Compromisso da Cidade do Cabo é fruto desse esforço. Ele se posiciona em uma linha histórica, tendo como base tanto o Pacto de Lausanne quanto o Manifesto de Manila. Está dividido em duas partes. A Parte I estabelece as convicções bíblicas, transmitidas a nós pelas escrituras, e a Parte II ecoa o chamado para ação.
          Como a Parte I tomou forma? Ela foi discutida pela primeira vez em Minneapolis, em dezembro de 2009, num encontro entre 18 teólogos e líderes evangélicos trazidos de todos os continentes. Um grupo menor, liderado por Dr. Christopher J H Wright, presidente do Grupo de Trabalho Lausana, foi convidado para elaborar o documento final, a ser apresentado ao Congresso.
          Como tomou forma a Parte II? Um extenso processo de pesquisa iniciou-se pouco mais de três anos antes do Congresso. Cada um dos Diretores Internacionais do Movimento Lausanne organizou consultas em suas regiões, nas quais foi solicitado aos líderes cristãos que identificassem os principais desafios enfrentados pela Igreja.
          Seis questões principais surgiram. Essas questões (i) definiram a programação do Congresso e (ii) deram forma à estrutura do chamado à ação. Este processo de pesquisa prosseguiu durante o Congresso, enquanto Chris Wright e o Grupo de Trabalho da Declaração trabalhavam para registrar fielmente todas as contribuições. Um esforço hercúleo e monumental.
          O Compromisso da Cidade do Cabo atuará como um roteiro para o Movimento de Lausanne durante os próximos dez anos. Esperamos que o seu chamado profético para o trabalho e para uma oração leve igrejas, agências missionárias, cristãos em seus locais de trabalho e alianças estudantis em universidades a abraçar o chamado e a encontrar o seu papel neste trabalho.
          Muitas declarações doutrinais afirmam o que a Igreja acredita. Resposta de ir além e unir crença e prática. O modelo que usamos foi o do Apóstolo Paulo, cujo ensinamento foi substanciado em instruções práticas. Por exemplo, em Colossenses, sua profunda e maravilhosa representação da supremacia de Cristo resulta num ensinamento prático do que significa estar enraizado em Cristo.
          Podemos distinguir entre o que está ou não no cerne do evangelho cristão, ou seja, as verdades básicas sobre as quais devemos estar unidos, e como questões secundárias, onde há divergência entre cristãos no que se refere à interpretação do que a Bíblia ensina ou exige. Trabalhamos aqui para formular o princípio Lausanne de "liberdade dentro de limites" e na Parte I esses limites estão claramente definidos.
          Durante todo este processo, tivemos o prazer de trabalhar em conjunto com a Aliança Evangélica Mundial. Os líderes da AEM estão de pleno acordo tanto com a Confissão de Fé quanto com o Chamado à Ação.
          Embora falemos e escrevamos a partir da tradição evangélica dentro do Movimento Lausanne, afirmamos a unidade do Corpo de Cristo e de bom grado reconhecemos a existência de muitos outros seguidores do Senhor Jesus Cristo no contexto de outras tradições. Na Cidade do Cabo, recebemos com alegria representantes respeitados de igrejas históricas de outras tradições e confiamos que o Compromisso da Cidade do Cabo seja útil para igrejas de todas as tradições. Nós o oferecemos em espírito de humildade.
          Qual é a nossa expectativa em relação ao Compromisso da Cidade do Cabo? Cremos que ele será comentado, discutido e valorizado como uma afirmação uníssona dos evangélicos em todo o mundo; definirá pautas no âmbito do ministério cristão; fortalecerá formadores de opinião na arena pública; e iniciativas e parcerias arrojadas surgirão a partir dele.
          Que a Palavra de Deus ilumine nosso caminho e que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com cada um de nós.

Douglas Birdsall
Presidente Executivo

Lindsay Brown
Diretor Internacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário