Ministério Igreja Sem Fronteiras
Departamento de Assistência Social
Amado Corpo da Igreja
Em continuidade aos artigos sobre drogas, seguem abaixo notícias sobre a transformação da região da Cracolândia, em São Paulo.
Parece ser um projeto muito bacana...mas, não vimos nada sobre a recuperação das pessoas viciadas.
O Estado, como sempre, pegando a via mais fácil, valorizando o privado em detrimento do social.
E para aqueles que defendem a liberação das drogas, esse pessoal da Cracolândia deve ser apenas um efeito colateral do bom uso dos entorpecentes, ou seja, são pessoas que não tiveram maturidade para se controlar, não é mesmo?
Boa leitura.
Prédios 'emblemáticos' da região serão reformados
DE SÃO PAULO
Cinco edifícios "emblemáticos" da futura Nova Luz que estão em estado precário serão reformados e só poderão ser vendidos a empreendedores depois de ter as paredes internas removidas.
Entre eles está o edifício "Sarajevo", na rua General Osório. O apelido vem do estado precário da fachada, que lembra um cenário de guerra. Após a reforma, o "treme-treme" de 250 apartamentos pode virar um hotel ou continuar residencial.
Outro prédio que será restaurado fica perto da Sala São Paulo. O espigão residencial de 210 apartamentos, na esquina das ruas General Osório e dos Protestantes, vai se transformar em um hotel.
O edifício Andorinhas, na avenida Rio Branco com rua dos Gusmões (via onde se concentram os usuários de crack), tem 136 apartamentos residenciais e manterá esse uso após a reforma.
Dois prédios menores, um na rua Aurora com Guaianazes, outro na rua Vitória, também serão reformados.
Juntos, os cinco edifícios para retrofit (reforma) têm 28 mil m2 de área construída, contra 351 mil m2 de área a demolir. Quase 10% dos edifícios da área estão tombados, num total de 89 prédios.
Para incentivar a reforma desses prédios, que são geralmente mais baixos do que o permitido para os terrenos, uma lei municipal permite a transferência do potencial de construção não aproveitado.
Nesse caso, a concessionária escolhida para fazer a requalificação urbana terá de restaurar a fachada dos prédios tombados, com custo estimado de R$ 79 milhões.
BAIRRO VERDE
A Nova Luz será um bairro com infraestrutura verde.
Terá estações de abastecimento de carros elétricos, espaço para triagem de lixo orgânico nos novos edifícios e ciclovias em todas as avenidas do perímetro externo. Telhados e paredes com vegetação também são propostos.
Transformar cracolândia em Nova Luz levará 15 anos
É a primeira vez que se fala oficialmente em prazos para revitalizar região
Preço do terreno no novo bairro vai custar o mesmo valor que em bairros tradicionais como o da Bela Vista
VANESSA CORREA
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
A transformação da cracolândia em Nova Luz vai levar 15 anos. Um terreno no bairro onde hoje se consome drogas à luz do dia vai custar, dentro de cinco anos, o mesmo preço da tradicional Bela Vista.
Cerca de 30% da área construída do bairro será desapropriada e demolida. A região terá prédios novos que irão conviver com imóveis históricos, muitos deles tombados, que serão restaurados e terão um novo uso.
Os dados constam de um relatório elaborado pelo consórcio Nova Luz, contratado pela prefeitura para fazer um plano urbanístico de revitalização da região mais degradada do centro de São Paulo.
O documento, obtido com exclusividade pela Folha, ainda é preliminar, mas já aponta como será o processo de reconstrução da região.
É a primeira vez que se fala em prazos. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) sempre se negou a falar no assunto. Ele costuma dizer apenas que "será muito rápido".
Urbanistas, citando como exemplos as áreas portuárias de Barcelona e Buenos Aires, afirmam que a revitalização de um bairro desse tamanho (são 44 quarteirões, 1,2 milhão de m2 de área construída) pode levar décadas.
O projeto prevê cinco fases para o processo de revitalização, de cinco anos cada uma (veja quadro nesta página).
Na primeira etapa serão feitas obras de infraestrutura, como reforma de calçadas, instalação de ciclovias e construção de praças.
Também nessa fase serão construídas moradias populares para cerca de 2.500 pessoas que hoje moram em prédios precários, que serão demolidos ou reformados.
A previsão é que as demolições sejam feitas justamente nos primeiros cinco anos. Quando esse processo for concluído, o metro quadrado de terreno na Luz, que hoje vale cerca de R$ 3.500, deverá custar entre R$ 7.000 e R$ 7.800, o mesmo que em bairros de classe média como Consolação e Bela Vista.
Apartamentos novos na região serão vendidos, de acordo com a previsão do consórcio, por cerca de R$ 3.300 o metro quadrado. É o mesmo de imóveis com mais de 15 anos em bairros como Butantã, Tatuapé e Saúde, segundo pesquisa do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis).
PRÓXIMOS PASSOS
O relatório final do consórcio será entregue no fim deste mês. O projeto, já com as licenças ambientais aprovadas, fica para agosto.
Depois, a prefeitura abrirá uma licitação para escolher a empresa responsável pelas obras de transformação do bairro. Se tudo correr bem, as primeiras obras devem começar em meados de 2012.
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