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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Importância das refeições na vida familiar.


          Abaixo transcrevemos uma palestra proferida pelo Pastor Wilbert Golden Batista (Pr. Ibi Batista), do Ministério Núcleo da Fé, Brasília - DF, a qual recebemos por e-mail.
          Agradecemos imensamente pela sua mensagem, por se tratar de algo tão importante, e que talvez todas as pessoas têm noção dos seus benefícios, mas, ao mesmo tempo, deixam de fazer uso dessa prática, em virtude da correria do dia-a-dia.
          O Senhor tem muito a nos ensinar em Sua Palavra e a Sua sabedoria é infinita: "e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te". (Deuteronômio 6.7)
          Boa leitura!
          Aguardamos os testemunhos daqueles que utilizam tal prática ou que venham a utilizar à partir de agora.
          Fiquem na paz do nosso Senhor Jesus!

A MESA DE JANTAR E A VIDA MODERNA
            A vida moderna, os excessos de compromissos, a falta de tempo e também a negligencia tem sido as grandes responsáveis pela perda da qualidade de nossa vida familiar.  Abandonamos hábitos simples, esquecemos valores fundamentais na vida familiar, como, por exemplo, o sentar-se a mesa.
            Tenho ministrado em diversos encontros de casais, em várias cidades, e não é difícil perceber que, muitas pessoas estão com dificuldades em seus relacionamentos por que, além de não terem tido berço, não tiveram mesa.
            Aproveitando as festas de final de ano, as comemorações do Natal, estimulo você a ler este texto, onde trago algumas informações que, poderão te inspirar a iniciar um novo momento em sua família.
            Meu objetivo, com este artigo, é buscar resgatar o uso de uma peça mobiliária que, dia a dia, vem sumindo de nossa rotina. Precisamos traze-la de volta aos nossos lares. Referindo-me a velha mesa de jantar. Antigamente este móvel era indispensável, muito usado em todas as famílias. As mesas eram grandes e cabiam toda a família ao seu redor, hoje foi trocada por outras peças, talvez mais “úteis”.
            Nosso desafio é resgatar a velha mesa em nossos casas. Se realmente queremos fortalecer nossas famílias e proteger nossos filhos, precisamos procurar onde os estamos perdendo.
            Através destas linhas, pretendo demonstrar que uma família reunida, além de ter a benção de Deus, poderá gozar de momentos ricos, onde compartilharão, não somente do alimento, mas de boas conversas, comunhão e momentos inesquecíveis, que trarão crescimento e lembrados para sempre.
            Ainda que, sentar a mesa, pareça  algo simples, quase banal,  na realidade tem se tornado tarefa difícil e árdua.  As pessoas andam apressadas, a família não se reúne mais em volta da mesa, cada um toma suas refeições em horários e locais diferentes, isto quando não estão à frente da TV.
            Vale ressaltar que Deus, através de sua Palavra, no passado, já advertiu ao seu povo que, se quisessem prosperar e se tornarem fortes, deveriam importar-se em assentar-se a mesa. Vale lembrar que sempre  que negligenciamos  algum princípio bíblicos, normalmente, colhemos frutos amargos. Os conselhos de Deus não são para punir, mas nos ajudar e gerar o nosso bem e de nossa família.
            Deus nos permitiu criar e educar uma família que, embora não seja perfeita, sem dúvida, é harmoniosa e linda. Nossas filhas, hoje adultas, lembram sempre, dos momentos que juntos desfrutamos. O assentar-se a mesa, nosso chá ao cair da tarde, momentos preciosos demais para serem esquecidos. É importante saber que nas refeições temos oportunidades impares. Este é dos raros momentos onde todos nossos sentidos estão abertos. À mesa usamos os cinco sentidos (tato, olfato, visão, audição e paladar), por isto estamos tão abertos, por isto, tão importante. É claro que aqueles tempos foram e continuam sendo ricos para nós. Tanto é verdade que, nossas filhas (agora acompanhadas dos genros),  não perderam o costume de voltar a nossa mesa e desfrutar da saborosa comunhão,  calor humano e da proteção que o convívio da mesa nos traz. 
            Pesquisas apontam  para uma relação cruel:  Na ordem inversa à queda na frequência do  uso da mesa de jantar,  é o aumento do índice da desintegração familiar. Como se não bastasse, junto ao aumento da desagregação da família, subiram o consumo de frituras, refrigerantes, salgadinhos e o pior: das drogas.
            Vale lembrar que para transformar doze homens problemáticos em uma equipe vencedora, Jesus investiu  seu tempo em treina-los. E como ele fazia isto? Se relacionando. Inúmeras vezes vemos o mestre sentado a mesa com seus discípulos. Interessante que, mesmo depois de sua morte e ressurreição, quando precisou fortalece-los, usou a mesma tática: Novamente os chamou para um jantar na praia. Confira lá em João 21:1-14.
            Pessoas sensíveis, ao redor do mundo, tem percebido e preocupado com os relacionamentos interpessoais que não vão bem. Todos entendem que alguma coisa precisa ser feito. A educação de nossas crianças tem sido motivo de preocupação. Diversos centros de estudos e universidades em  muitos países vem dedicando-se a pesquisas que, por sua vez, colhem resultados semelhantes quanto as consequências de uma família sentar-se, ou não, à mesa.
            Estudos na Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados Unidos, revelaram que quem compartilha regularmente as refeições com a família, além de comer melhor, tem maior bem-estar físico e emocional.
            No Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da universidade de Columbia (EUA), foi descoberto que quanto mais refeições junto aos pais, mais os filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; e menos bebem, fumam, usam drogas, ficam deprimidos, brigam ou desenvolvem distúrbios alimentares (como a anorexia).
            Um levantamento, realizado em 2007 com vinte mil alunos ingleses de 16 anos, demonstrou uma forte relação entre refeições regulares à noite com a família e o bom desempenho no GCSE – exames escolares feitos por todos os secundaristas da Grã-Bretanha. Ainda na Grâ-Bretanha, segundo os dados da pesquisa, que foram recentemente publicados pelo departamento de “Crianças, Escolas e Famílias” do governo britânico, estabelecem que os melhores resultados estavam entre os filhos de famílias que se reuniam para jantar.
            Uma pesquisa realizada pela Universidade Havard, dos Estados Unidos, revelou que a criança que se senta à mesa com os pais alimenta-se melhor em comparação aos coleguinhas que comem sozinhas. Ainda outra pesquisa realizada com 16 mil crianças, de 9 a 14 anos, as frutas e vegetais aparecem quase duas vezes mais no prato daquelas que fazem as refeições com a família ao redor da mesa.
            A socióloga alemã Ângela Keppler, conduziu uma outra pesquisa, com 300 famílias alemãs onde se demonstrou que famílias que exercitam o velho hábito de conversar, em vez de assistir á televisão, durante as refeições, obtêm maior harmonia e fluidez em suas relações. A socióloga chegou a conclusão que uma das melhores terapias familiares é a comunicação à mesa.
            Segundo ela, esse momento é importante para trocar informações sobre diversos assuntos. Stephen Covey no seu livro “Os 7 hábitos das famílias muito eficazes” (Editora Best Seller) cita um artigo da professora Marianne Jennings, da Universidade do Arizona onde a autora narra a importância das refeições à mesa em sua família. Num dos trechos ela escreve:
            “Eu cortei o tecido para o meu vestido de casamento no mesmo lugar que decorei as regras da   ortografia... Meu futuro esposo era atormentado impiedosamente no mesmo lugar. Muito de    tudo o que aprendi e que me é tão caro está indissoluvelmente ligado à mesa da cozinha. Esta peça de mobiliário, gasta e arranhada, era uma pequena parte física do meu lar. Contudo,    quando me lembro de tudo que fizemos ali, percebo que foi a chave para a vida que tenho hoje. Todas as manhãs, aquela mesa me enviava para o mundo, alimentava e severamente inspecionada. A mesa da cozinha nutria. Era a minha constante em meio às inseguranças dos dentes encavalados, do fato de ter mais sardas do que pele. Aquela mesa da cozinha não constituía apenas uma fonte de medo, era também o “meu cobertozinho de segurança”. Não importava quanto me sentisse desanimada por causa dos `sapos que engolira` durante o dia, a mesa da cozinha e os adultos que dela cuidavam estavam lá todas as noites para me consolar e amparar”.
            Todas estas pesquisas apenas comprovam o que temos visto dia a dia na prática. Por isto justifica o tema deste estudo. O valor e os benefícios obtidos durante a hora das refeições em família não têm preço. Este é um momento santo, momento de ministração, momento de ensinar e aprender, de compartilhar e se comprometer. É aqui o local onde os valores familiares serão incutidos (Dt. 6.7). E daqui que sairão pessoas fortes e sadias para enfrentar o mundo. A mesa significa a didática divina que forma gente curada, cidadãos fortalecidos pelas experiências de vida compartilhada e da fé vivida.
            Mais importante do que aquilo que se tem sobre a mesa, é a conversa ao redor dela.
            Ainda que pareça difícil ou complicado, não é. Lembre-se que o cardápio é um detalhe, mas a presença dos pais (corpo e alma) fará a diferença, pois ela é o diferencial no desenvolvimento saudável dos filhos. 
            Creia que coisas novas começarão a acontecer a partir do momento que decidir fazer da hora das refeições uma prioridade ao invés de uma opção. Nossos filhos necessitam de nossa presença para lhes mostrarem o que devem e o que não devem fazer. A hora da refeição é a hora do “Você deve fazer isso…”, “Você deve se lembrar…”, “Você pode, você é capaz...” “Eu te amo...” etc...
 ALGUMAS CONCLUSÕES :

            1. O RETRATO ATUAL DA MESA DE JANTAR:
-Na Inglaterra, as lojas moveis constatam um crescimento na venda de mesas de escritório em torno de 40% enquanto da mesa de jantar caiu 8%
-Na Inglaterra 25% das famílias já não tem mesa de jantar.
-No Brasil 40% das famílias não jantam juntas.
-No Brasil 70% das famílias fazem refeição com a TV ligada.

            2. A PROTEÇÃO QUE SAI DA MESA DE JANTAR
-Pesquisas realizadas pela Universidade de Colúmbia, EUA, apontaram que crianças, de várias etnias que sentavam à mesa para jantar com seus pais, tiveram poucos envolvimentos com drogas e bebidas, em comparação com crianças cujos pais não tinham esse hábito.
-Na Universidade de Illions, também nos EUA, apontou que crianças que jantavam ou tinham momentos à mesa com seus pais tinham um melhor vocabulário em relação às que não tinham esses costumes em família.
-Maior satisfação conjugal
-Maior senso de identidade dos adolescentes
-Maior saúde das crianças
-Melhor desempenho acadêmico
-Maior fortalecimento das relações familiares

3. BENEFICIOS DIRETO EM RELAÇÃO  AS CRIANÇAS
-Na Universidade de Minnesota (EUA), segundo o Journal of Nutrition and Behavior, pesquisadores que estudaram a alimentação de 5.000 crianças e adolescentes concluíram que, quando as crianças comem acompanhadas dos pais, consomem mais frutas, verduras e alimentos mais ricos em vitaminas. Em outra parte, o estudo indicou que filhos que fazem pelo menos três vezes por semana refeições com os pais correm menos risco de desenvolver hábitos como fumar, consumir álcool ou drogas.
-Promove hábitos alimentares saudáveis
-Estas crianças demonstraram comer maior quantidade de frutas, vegetais, leguminosas e alimentos saudáveis.
-Menor incidência de sintomas de depressão e pensamentos suicidas.
-Ajudam a aprimorar o vocabulário de crianças.  Maior competência linguística.
-Na mesa oferecemos nossos exemplos. Crianças que se alimentam sem os pais ficam sem referencia.
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-4. BENEFICIOS DIRETO EM RELAÇÃO AOS JOVENS
-Promove hábitos alimentares saudáveis, menos obesidade.
-Menor risco do desenvolvimento do hábito de fumar, beber e usar maconha entre os jovens.
-Aprendem sobre atitudes corretas nas conversas e conselhos.

5. BENEFICIOS DIRETO EM RELAÇÃO AOS PAIS
-Cria um ponte de comunicação com os filhos
-Cria um momento de ouvir.
-Demonstrar exemplos de educação, modos, etc... (comer com boca aberta)
-Promove um ambiente de tranquilidade e acolhimento
5.1 Conselhos aos pais:
Cuidado com comentários tipo “não gosto de beterraba”. Lembre-se que aprenderão pelo exemplo.
Não brigar, discutir ou fazer comentários impróprios que causam desconforto. A hora da refeição deve ser reservada unicamente ao prazer. Broncas devem ser guardadas para outras ocasiões.

6. SIGNIFICADOS DO COMER EM FAMILIA:
-Bem-estar físico, emocional e espiritual.
-Aprendizado. Uma criança na fase de inicial da vida, de cada duas mil palavras novas, em seu universo, mil delas serão aprendidas na mesa.
-Momento de alegria
-Momento de ministração (conte historias usando as verduras)
-Oportunidade de elogio e incentivos (nada de broncas)
-Momento de conquistar os corações.
  
7. SUGESTÕES PARA O INICIO:
-Compre pratos coloridos
-Toalha bonita
-Não espere ter uma família perfeita para sentar-se a mesa e nem mesmo feliz.
-Não espere seus filhos decidirem, comece a conquista
-Lembre-se que antes das crianças mudarem, será preciso os pais mudarem.
-Crie rotinas, as crianças se sentem seguras com elas.

8. A MESA DE JANTAR E SEUS SIGNIFICADOS.
-Retrata uma família feliz, unida e abençoada.
-Alegria
-Riqueza e prosperidade
-Vitalidade
-''Esses momentos de união são uma oportunidade rica de convívio e aprendizado. O encontro e a presença aumentam a afetividade entre pais, filhos e irmãos'', confirma o psicólogo Áderson Costa Júnior, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). ''Durante a refeição, quanto mais entendimento e atenção para ouvir, dialogar e demonstrar carinho, mais a criança será estimulada a estender essas atitudes para outras áreas da vida, como a escola e a relação com os amigos'', acredita a educadora Cris Poli, apresentadora do programa Supernanny Brasil, do SBT.

9. O JANTAR EM FAMILIA E SEUS BENEFÍCIOS ÀSAÚDE.
-Numa mesa as crianças se sentem mais cuidadas, protegidas e amadas, por conta da proximidade. Os resultados positivos, no entanto, dependem da postura dos pais. “Crianças aprendem por observação. Pais presentes, falantes e atenciosos são fontes de informação para os pequenos. Toda vivência que reforce esses vínculos e gere motivação aumenta a percepção das crianças de que elas têm apoio, em quem confiar. E a confiança implica em qualidade de vida e menos stress'', afirma o professor Áderson, da UnB.

Palavra final:
            Li uma frase (autor desconhecido), que dizia: “Muitos estão preocupados com o tipo de planeta que irão deixar aos seus filhos, mas poucos estão se preocupando com o tipo de filhos deixarão no planeta”.
            Ao terminar esta breve meditação, faço uma oração. E minha oração é que Deus velha te capacitar a ter uma família linda, organizada e, por sua vez,  abençoada e feliz. Conte sempre conosco.
            Prs.  Ibi e Alice Batista (Ministerio Núcleo da Fé - Brasilia/DF)
            e-mail: ibiealice@yahoo.com.br   - Fone: (61) 3386.2122)

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