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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Convicção e Tolerância Cristãs.

          O Ministério Igreja Sem Fronteiras expõe ao debate o texto da Epístola de Paulo aos Romanos, Capítulo 14.
          Boa leitura e aguardamos seus comentários, para que possamos crescer juntos.

          "Aceitai o que é fraco na fé, sem a preocupação de debater assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo, e outro, cuja fé é fraca, come somente alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve menosprezar o que não come, e quem não come de tudo não deve condenar que come; pois Deus o aceitou.
          Quem és tu, que julgas o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E permanecerá em pé, porquanto o Senhor é capaz de o sustentar.
          Há quem considere um dia mais sagrado do que outro; outra pessoa pode entender que todos os dias são iguais. Cada um deve estar absolutamente convicto em sua própria mente. Aquele que guarda um dia especial, para o Senhor assim o considera. Aquele que se alimenta de carne, o faz para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se priva, e também dá graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive exclusivamente para si, e nenhum de nós morre apenas para si mesmo. Se vivemos, para o Senhor vivemos; e, se morremos, é para o Senhor que morremos. Sendo assim, quer vivamos ou morramos, pertencemos ao Senhor. Porquanto foi por este motivo que Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor tanto de vivos quanto de mortos.
          Mas, tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, igualmente, por que desprezas teu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Porquanto está escrito: “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, diante de mim todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Eu Sou Deus”. Deste modo, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.
          Portanto, abandonemos o costume de julgar uns aos outros. Em vez disso, apliquemos nosso coração em não colocarmos qualquer pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. Como uma pessoa que está no Senhor Jesus, tenha plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo ritualmente impuro, a não ser para aquele que assim o considera; para esse é impuro. Se o teu irmão se entristece por causa do que tu comes, já não estás agindo por amor fraterno. Não destruas teu irmão por conta da tua comida, pois Cristo morreu também por ele.
          Aquilo que é bom para vós não se torne motivo de maledicência. Porquanto o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Pois quem serve a Cristo desta forma é agradável a Deus e estimado por todas as pessoas.
Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e ao aperfeiçoamento mútuo. Não destruas a obra de Deus por causa de comida. Na verdade, todo alimento é puro, mas se torna um mal se alguém vir nisso um motivo de escândalo.
É melhor não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve teu irmão a tropeçar.
          Assim, seja qual for a tua doutrina a respeito destes assuntos, grarda-a com convicção entre ti mesmo e Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova. Todavia, aquele que tem dúvida é condenado se comer, pois não come com fé, e tudo o que não provém da fé é pecado!"

          Notas:

          Paulo era um cristão espiritualmente emancipadom, tanto da tradicional observância da Lei quanto do legalismo judaico-cristão de sua época. Muitos cristãos judeus que viviam em Roma ainda não estavam dispostos a abrir mão de certas doutrinas da tradição e exigências do judaísmo: as restrições alimentares, a guarda do sábado com todos os rituais envolvidos e a celebração de dias especiais com jejuns e oráculos.
          Esses cristão judeus e romanos não eram heréticos, como os judaizantes da Galácia, mas tinham dificuldade em compreender os mandamentos em compreender os mandamentos do Antigo Testamento á luz do Evangelho e o início na Nova Aliança, inaugurada com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A esses cristãos, intransigentes e críticos em relação aos cristãos que estavam desfrutando abundantemente da Graça, Paulo os chamou de “fracos na fé”, e ensinou a todos nós que o cristão maduro tem uma fé robusta e um coração amoroso para com todos os irmãos.
          Os cristãos não são exortados à plena unanimidade teológica, mas à prática da tolerância e do respeito, orando para que o Espírito Santo ilumine a todos.
          O cristão “forte” é aquele cuja maturidade espiritual lhe permite a convicção de que a dieta alimentar é um assunto secundário em relação ao verdadeiro e profundo compromisso de fé com o Espírito de Deus e à proclamação do Evangelho. Entretanto, um cristão jamais deve rejeitar qualquer outra pessoa que se identifica como cristão.
          Detalhes doutrinários e aspectos culturais, raciais e lingüísticos devem contribuir para o crescimento espiritual dos crentes e a evangelização do mundo, e não para a difusão de questiúnculas, batalhas teológicas inócuas, divisões e tropeços fatais no caminho da fé. O cristão “fraco” não é senhor do seu irmão “forte”, nem vice-versa. Todos os cristãos são servos do mesmo Senhor e somente a Deus cada crente deve prestar contas.

Texto e Notas extraídos do Novo Testamento com Salmos e Provérbios, Versão King James, Edição 2007.

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